Os povos indígenas geralmente são grupos minoritários, independentes de seu país de origem. Essa situação ocasiona em uma falta de direitos garantidos para o grupo.
Um exemplo claro é o que ocorre em Bangladesh. O problema da apropriação de terras faz com que muitos indígenas fiquem desabrigados. Embora essa questão não seja incomum, a maioria dos casos permanece oculto e desconhecido.
Os responsáveis pela tomada de terra são líderes de partidos políticos, influenciadores, grandes organizações e partidos oficiais do governo, ou seja, sempre indivíduos poderosos.
As vítimas, por outro lado, são das classes mais baixas e pobres, feitas de alvo devido à falta de recursos para se posicionar contra pessoas tão poderosas. A situação fica ainda pior entre grupos de minorias religiosas, como cristãos.
Primeiro, esses indivíduos mostram interesse genuíno em vários projetos que beneficiariam os pobres. Então, os enganam para que entreguem suas terras, prometendo construir fábricas, fazendas, hotéis, entre outros. A armadilha final consiste em aparecer novamente quando os indígenas desejam pegar empréstimo, o que o fazem cobrando altas taxas de juros.
Depois de um tempo, eles pedem o dinheiro de volta. Quando os tribais não conseguem devolver, os poderosos tomam suas terras e os expulsam. Na maioria dos casos, a força é utilizada. Eles não têm escolha, como a maioria dos donos de terra vítimas do golpe compartilham, caso não obedeçam, suas vidas e de seus amados correm risco.
Em um caso recente, três porções de terra em uma vila cristã nas tribos das Colinas de Chittatong, no nordeste de Bangladesh, estão em processo de serem tomadas. As vítimas são da tribo tripura.
Eles não têm permissão de entrar nas terras, local em que vivem há gerações. A opção dada é que se mudem para terras vizinhas ou fiquem desabrigados. Porém, há alguns anos, as terras vizinhas também foram tomadas.
Fonte: Portas Abertas