Na última sexta-feira de agosto, casas de cristãos foram atacadas por uma multidão no vilarejo de Dimshau Hashim, a 250 Km do Cairo, no Egito. No ataque, dois cristãos foram feridos a facadas na cabeça e no rosto e quatro propriedades foram saqueadas, destruídas e incendiadas. Enquanto fazia isso, a multidão gritava “Allahu Akbar” (Alá é o maior) e disparava palavras de ordem contra os cristãos.
A população da aldeia é de 30 mil pessoas, das quais 450 são cristãs. Como não há igreja no vilarejo, um grupo de cristãos havia se reunido na casa de um deles para orar. Uma fonte local relatou que alguns dias antes do incidente, a comunidade cristã havia recebido um alerta sobre o ataque que estavam planejando para sexta. Os cristãos, então, avisaram a polícia; no entanto, a polícia não conseguiu prevenir o ataque, que durou três horas. A polícia só chegou depois.
Direitos de cristãos não são respeitados no Egito
Dezenove muçulmanos foram detidos e estão sendo investigados sob acusação de provocar agitação e atacar pessoas por construir igreja sem licença. Outros 19 foram presos, mas liberados após investigação. A polícia isolou as ruas e aumentou a segurança no local. Apesar disso, os cristãos do vilarejo continuam a receber ameaças.
Ao menos oito igrejas tiveram que ser fechadas perto de Luxor, no sul do país, porque ainda estavam em processo de legalização e foram impedidas de completar o processo devido à preocupação com segurança.
Das 3700 igrejas que buscam ser reconhecidas, apenas 220 completaram todo o processo desde que um comitê foi instituído para isso, 11 meses atrás. Se seguir nesse ritmo, levará 17 anos para atender a todas as igrejas não oficiais que esperam ser reconhecidas. Muitas delas estão esperando há 15 ou 20 anos para ser registradas pelo estado.
Neste Dia Nacional de Missões, ore para que o Egito seja alcançado com as boas-novas de salvação. Clame para que a comunidade cristã seja fortalecida e saiba se posicionar diante da perseguição. Interceda também para que a Igreja Perseguida seja ativa em alcançar seus vizinhos muçulmanos com o amor de Cristo no Egito, que ocupa atualmente a 17ª posição na Lista Mundial da Perseguição.
Fonte: Missão Portas Abertas