O novo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Sérgio da Rocha (foto), nega que a entidade tenha adotado postura político-partidária na discussão sobre a reforma política.

O apoio do PT a manifesto em defesa da reforma política, divulgado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e pela CNBB, tem sido alvo de críticas nas redes sociais. A entidade católica tem sido acusada de ter se tornado favorável ao governo federal.

O novo presidente, que também é arcebispo de Brasília, ressaltou que a entidade religiosa tem se pautado na doutrina social da Igreja Católica e avaliou que nem sempre os seus posicionamentos são compreendidos. “Não temos adotado e não queremos adotar nenhuma posição que seja político-partidária. E, no caso da reforma política, há projetos inversos daqueles que a coalização da qual a CNBB participa está propondo. Não é justo. Às vezes as pessoas não estão muito atentas aos detalhes e vão misturando as coisas”, afirmou.

Ele ressaltou que a postura da CNBB tem sido de “autonomia” e “independência” e lamentou que tenham ocorrido confusões em relação ao pronunciamentos sobre a reforma política. “Lamentavelmente, às vezes se acaba confundindo as coisas dependendo daquilo que se fala”, afirmou.

Na mesma linha, o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, reeleito para o cargo, ressaltou que a entidade religiosa não está “reforçando o PT”, como a acusam montagens e fotografias que estão sendo compartilhadas nas redes sociais. “Os senhores viram algumas fotografias dizendo que a CNBB está reforçando o PT. Não tem nada a ver com isso”, disse.

Perguntado sobre os protestos de rua contra a presidente Dilma Rousseff (PT), o novo presidente da CNBB considerou justas as manifestações, mas ressaltou que nelas não podem ser esquecidos princípios básicos da sociedade democrática, como o “respeito” e o “diálogo”.

Dom Sérgio da Rocha assumiu na última sexta-feira para mandato de quatro anos à frente da CNBB.

[b]Fonte: Top News[/b]

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