As 744 demissões na GM no início da semana levaram o Sindicato dos Metalúrgicos de São Jose dos Campos a pedir ajuda para a Igreja Católica. Na manhã deste sábado (16) diretores sindicais se reuniram com o representante da Diocese de São José dos Campos, padre Paulo Renato para discutir a situação dos temporários dispensados.

A entidade quer o apoio e a participação dos padres e da comunidade católica na campanha contra as demissões.

Também participaram da reunião representantes dos sindicatos dos Químicos e dos Petroleiros, além de trabalhadores da General Motors. De acordo com o presidente do sindicato, Adilson dos Santos, eles entregaram ao padre uma carta endereçada ao bispo dom Moacir Silva. “Existe a necessidade de unificar a cidade e a região em luta pelo emprego e contra a ameaça aos poucos direitos trabalhistas que dispomos. Precisamos da igreja e da comunidade católica” O padre Paulo Renato se comprometeu a levar as propostas do Sindicato ao bispo Dom Moacir. Ele reforçou que a Igreja está preocupada com a situação de demissões e que é sensível aos problemas que afetam os trabalhadores.

Em São Jose dos Campos a sexta-feira foi pacífica em frente à fabrica da GM, sem protestos ou paralisações na produção. Entretanto, ficou definido que no dia 24 de janeiro haverá um grande ato na praça central de São José dos Campos na tentativa de reverter os cortes. O protesto está marcado para as 10 horas. “A luta tem de ser de todos os trabalhadores. Vamos chamar todas as categorias para participar das mobilizações e lutar contra a vergonhosa tentativa dos empresários em retirar nossos direitos e empregos. Não aceitamos pagar pela crise criada pelos patrões ou discutir qualquer possibilidade de flexibilização,”, afirma o coordenador regional da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), José Donizete de Almeida.

Fonte: Diário de Canoas

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