Marco Feliciano, que assumiu o comando da Comissão de Direitos Humanos sob protestos, colocou em seu Twitter um vídeo com ataques aos deputados Jean Wyllys, Érica Kokay e Domingos Dutra.

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) informou que vai entrar, na tarde desta quarta-feira (20), com representação criminal na Justiça contra o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SC) por causa da divulgação, em redes sociais, de um vídeo com ataques a deputados e a defensores dos direitos dos homossexuais .

A representação contra Feliciano também é assinada pelos deputados petistas Domingos Dutra (MA) e Erica Kokay (DF).

Wyllys disse que o vídeo foi divulgado por um assessor de Feliciano e faz parte de uma campanha de difamação contra ele. Feliciano assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados sob protesto de parlamentares e de integrantes de movimentos sociais, que o acusam de ter dado declarações homofóbicas e racistas.

“A divulgação desse vídeo é resultado de um contínuo processo de difamação por meio de uma campanha nojenta em que frases mentirosas são atribuídas a mim e vem sendo compartilhadas pelas pessoas em redes sociais. Elas me associam à pedofilia e a ataques aos cristãos, que são mentiras absurdas”, disse Wyllys, pouco antes do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, na Câmara.

De acordo com parlamentares, o objetivo da frente é garantir o debate político de temas pautados por movimentos ligados aos direitos humanos que, para muitos, ficou inviabilizado com Feliciano na presidência da comissão da Câmara voltada ao tema.

Jean Wyllys informou também que pedirá investigação da Polícia Federal sobre a origem das frases falsamente atribuídas a ele. “O vídeo a gente tem como provar que tem relação com ele [Feliciano], porque foi postado num canal do Youtube que pertence a um assessor dele, mas a campanha difamatória, não. Se ficar provado que [o vídeo] partiu do pastor ou de qualquer assessor, vou entrar com outra representação criminal”, acrescentou.

O deputado acrescentou que deixará a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, caso o deputado Pastor Marco Feliciano permaneça na presidência.

Na terça-feira (19), a bancada do PSC pediu explicações sobre a divulgação do vídeo. Segundo o líder do partido, André Moura (SE), Feliciano negou ter qualquer relação com o assunto e disse que tomou conhecimento dos fatos por meio da assessoria.

[b]Fonte: Último Segundo[/b]

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