A primeira-ministra da Dinamarca, a social-democrata Mette Frederiksen, apresentou uma proposta para abolir o feriado do Grande Dia de Oração [Store Bededag]. A data é celebrada há 330 anos no país. Sempre na quarta sexta-feira após a Páscoa.
Mette tem enfrentado críticas da oposição, dos sindicatos dos trabalhadores, das igrejas e até dos próprios partidos que compõem a coalizão do governo. A lei foi escrutinada pelo congresso, no último dia (2), e agora haverá duas discussões em data ainda a definir.
Segundo cálculos do governo, o cancelamento do feriado, contabilizando indústria, comércio e serviços em atividades, geraria até 400 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões) a mais para o governo. A maior parte desse recurso viria em forma de impostos.
De acordo com o governo, o montante seria usado para aumentar o financiamento da defesa do país. Isto porque na Conferência de Riga, em 2006, a Otan, a Aliança Militar Ocidental, estabeleceu que os países membros deveriam reservar 2% do PIB para gastos militares.
Contra a decisão, os maiores sindicatos trabalhistas do país realizaram uma grande manifestação que atraiu pelo menos 50 mil pessoas no último domingo (5). Vale destacar que a polícia local não divulgou um número oficial de participantes. No entanto, se os dados dos organizadores estiverem corretos, essa foi a maior manifestação realizada no país na última década.
As igrejas dinamarquesas estão desapontadas com o projeto. No Dia Nacional de Oração ou Store Bededag, muitas comunidades de fé realizam cerimônias como o batismo ou a confirmação de ministros.
Este ano, o feriado do Dia Nacional da Oração está garantido. No entanto, para 2024, dependerá da aprovação ou não do governo à proposta da primeira-ministra.
Fonte: Comunhão