O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) libertou nesta segunda-feira 42 reféns assírios, que fazem parte de um grupo étnico de credo cristão, com o que pôs já em liberdade 197 sequestrados que mantinha detidos há um ano na província nordeste síria de Al Hasaka.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos destacou que dentro do grupo de libertados há pelo menos 17 mulheres.
Um total de 224 assírios foram sequestrados entre os dias 23 e 24 de fevereiro de 2015 na cidade de Tel Tamr e em outros povoadoss de sua periferia durante um ataque dos extremistas.
Ao longo do último ano, o EI foi libertando os reféns em vários rodízios, mas três deles foram assassinados pelos jihadistas.
Fontes da Igreja Assíria do Leste asseguraram ao Observatório que 24 dos sequestrados foram postos em liberdade pelos radicais individualmente e sem nenhum tipo de mediação, embora se desconheça seu paradeiro.
O Observatório, por sua vez, indicou que a Igreja pagou um resgate de US$ 25 milhões, que teria pagado pouco a pouco, em troca de que o EI soltasse os sequestrados.
A maior parte dos assírios da Síria vivem em Al Hasaka, mas a minoria também está presente no Iraque e na Turquia.
Antes do início do conflito em território sírio, em março de 2011, havia 200 mil assírios no país, mas agora só há entre 15 mil e 20 mil.
Seu idioma, o assírio, é uma mistura de acadio, uma antiga língua de Mesopotâmia, e de aramaico, que também é usada na liturgia.
Eles são cristãos e seguem as igrejas caldeia, siríaco-ortodoxa e a assíria do leste.
[b]Fonte: EFE via Terra[/b]