O Brasil chama a atenção internacionalmente com os números cada vez mais altos de integrantes da igreja na política com cargos de deputado.
Entre 2006 e 2014, a bancada evangélica cresceu 108%, de acordo com balanço levantado pelo jornal Gazeta do Povo, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar; de 36, subiu para 75.
Muitos analistas políticos responsabilizam a subida ao aumento dos seguidores. Em 1991, 9% dos brasileiros frequentavam as diversas igrejas; em 2010, segundo o IBGE, cresceu para 22%.
Já em 2016, o Datafolha registrou 30%, ou seja, 60 milhões de pessoas, o que nos coloca como uma das nações com maior população evangélica do mundo. Por isso mesmo, o Ministério Público e a Justiça Eleitoral estão aumentando a vigilância para conter a tentativa de religiosos usarem os templos para influenciarem o público.
Em entrevista ao Gazeta, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse ser “a coisa mais fácil do mundo” eleger alguém. “É só usar as redes sociais. É o que vai mandar nessa eleição”, completou.
Malafaia, um dos maiores cabos eleitorais dos evangélicos, surgiu na tv, mas hoje investe no digital. Ele tem dois milhões de seguidores no Facebook e 1,3 milhão no Twitter. Além disso, tem um irmão deputado estadual no Rio de Janeiro; um membro de sua igreja vereador carioca; e um fiel como deputado federal, o Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).
“É só você falar nos três anos anteriores o que você pensa. Eu venho fazendo isso há tempos. Aqui todo mundo já sabe quem representa o Malafaia”, diz o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Além disso, aumentou seu poder de influência e uniu-se a um grupo de líderes evangélicos com representação no Congresso por meio de membros de suas igrejas como Edir Macedo (Universal), Manoel Ferreira (Assembleia de Deus Madureira), R.R. Soares (Internacional da Graça de Deus), Valdemiro Santiago (Mundial do Poder de Deus), José Wellington Bezerra da Costa (Assembleia de Deus Belém), Mário de Oliveira (Igreja do Evangelho Quadrangular).
Dessas, as que têm maior representatividade parlamentar são a Assembleia de Deus, com 25 deputados, 11 deles pastores. Depois a Igreja Batista, com 11 e a Igreja Universal do Reino de Deus, com 10.
Fonte: Yahoo Brasil