Como já publicado esta semana, deputados federais e senadores evangélicos estão traçando uma estratégia para aumentar o número de políticos nas eleições gerais deste ano. A ideia é passar de 93 deputados para 150, e de três senadores para 15, segundo o jornal Valor Econômico.
Hoje, o jornal Folha de São Paulo mostra que para conseguir esta estratégia, os políticos evangélicos querem o deputado estadual Flavio Bolsonaro (filho do deputado federal Jair Bolsonaro), o ex-ministro e bispo licenciado da Universal Marcos Pereira e o cantor gospel André Valadão.
Sentindo-se acuado, após a saída de Crivella para ser prefeito do Rio, o senador evangélico Magno Malta, que está desde 2003 no Senado, iniciou conversas para traçar a estratégia, em relação ao Senado, com Silas Malafaia e as igrejas Universal e Assembleia de Deus com o objetivo de indicar “candidatos com chances reais de vitória” e não correr o risco de pulverizar o voto religioso.
No Rio, a preferência é por Flavio Bolsonaro, que foi candidato a prefeito carioca no ano retrasado e frequenta a igreja Batista -ao contrário do pai, católico
Em Minas, Malta tenta convencer o cantor André Valadão a estrear na política. Ele ainda “está conversando com a família” sobre isso, afirma o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Valadão, que é uma estrela da música gospel, e com a irmã pastora Ana Paula Valadão lidera a banda Diante do Trono, seria um nome de peso para os eleitores evangélicos.
Outros políticos costuram essa rede eleitoral, como o deputado Antonio Bulhões (PRB-SP), bispo licenciado da Universal que apresentava o programa religioso “Fala Que Eu Te Escuto” (Record TV).
Se a estratégia der certo, os políticos evangélicos pretendem puxar ainda mais uma agenda conservadora: antiaborto, contra liberação das drogas e do jogo, e em prol da família natural (homem e mulher).
É possível que dessa coordenação, surja o apoio a um candidato a presidente- algo mais provável em um eventual segundo turno.
Fonte: Folha de São Paulo e Valor Econômico