Na praça São Pedro, no Vaticano, Bento 16 também citou o conflito na Palestina e a crise de fome na África.
Durante o tradicional discurso que marca o Natal feito da praça São Pedro, no Vaticano, o papa Bento 16 pediu anteontem o fim dos conflitos na Síria.
“Que Ele [Deus] traga um fim à violência na Síria, onde tanto sangue já foi derramado”, disse o pontífice em sua mensagem.
Pelo menos 5.000 pessoas foram mortas em nove meses de conflito no país árabe em decorrência do enfrentamento entre governo e forças da oposição.
A rebelião contra o regime começou em março. Desde então, manifestantes exigem a saída do ditador Bashar Assad, que está no poder desde 2000.
Há três dias, mais um episódio violento aconteceu em Damasco, capital síria. Ao menos 44 pessoas morreram e 166 ficaram feridas depois da explosão de dois carros-bomba perto de prédios de segurança do governo.
Durante o “Urbi et Orbi” (“à cidade e ao mundo”, em latim), o líder da Igreja Católica também mencionou o conflito entre palestinos e israelenses e clamou por mais ajuda para os famintos e desabrigados na África.
No fim de seu discurso, Bento 16 desejou feliz Natal em 65 línguas, incluindo árabe, guarani e mandarim.
O atentado à igrejas cristãs na Nigéria ocorrido ontem, em que morreram pelo menos 39 pessoas, não foi citado. Mais tarde, o porta-voz do Vaticano condenou em um pronunciamento o ocorrido e classificou o ato como uma cega e absurda “violência terrorista”.
[b]OPOSIÇÃO SÍRIA
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Com a violência crescente na Síria, o líder do principal grupo de oposição pediu à Liga Árabe que pressione a Organização das Nações Unidas para aumentar seu empenho e diminuir o derramamento de sangue.
Burhan Ghalioun, dirigente do Conselho Nacional Sírio, fez o apelo durante discurso na televisão por causa do Natal, em Paris.
A Liga Árabe deu início ao envio de observadores à Síria para monitorar o compromisso do país com um plano que exige o fim imediato da repressão aos oponentes políticos.
O acordo exige que o governo remova suas forças de segurança e armas pesadas das ruas, comece um diálogo com líderes da oposição e permita entidades ligadas aos direitos humanos e jornalistas no país.
No mês passado, a Liga Árabe chegou a suspender a Síria e aprovar sanções econômicas contra o país depois que tentativas de acordos não tiveram sucesso.
[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]