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A corredora sueca Sarah Lahti, que chegou em 12º lugar na final dos 10.000m, insinuou que a etíope Almaz Ayana, campeã e nova recordista mundial da prova, usou doping para conseguir o bom resultado. Ao jornal sueco “Expressen”, Lahti comentou o desempenho da rival:

— Não acho que ela esteja 100%. É fácil demais para ela. Não posso dizer que ela não está limpa, mas há um pouco de dúvida. Não vemos nem expressão facial.

Ayana fechou a prova em impressionantes 29m17s45, quase 15 segundos mais veloz que o recorde mundial anterior, até então da chinesa Junxia Wang, estabelecido em 1993 (29m31s78). Procurada pela imprensa, a atleta riu da acusação e rebateu:

— Eu não sou dopada. Meu tempos são meus. Eu sou uma atleta cristã e limpa — disse a atleta.

Ao jornal americano “USA Today”, ela acrescentou:

— Número 1: tenho treinado especificamente (para este evento). Número 2, eu rezo ao Senhor, que me dá tudo, tudo. E número 3, meu doping é Jesus. Essas são as razões.

Ayana também falou por que demorou tanto a correr a prova dos 10.000m. Até então ela só competia, em mundias, pelos 5.000m.

— A prova de 10.000m assusta, né?! Eu tinha um pouco de receio. Mas acabei gostando. Fiz hoje uma prova tranquila. Não tinha como meta bater o recorde. Eu queria ganhar. Quando eu vi que dava apressei um pouco o passo — disse Ayana.

A atleta ainda compete pelos 5.000m e é a favorita na prova.

Recorde mundial

A primeira final do Engenhão, na estreia do atletismo na Olimpíada do Rio, foi emocionante. Logo no dia da abertura das competições no Estádio Olímpico houve quebra de recordes. Na prova dos 10.000m, a marca mundial, de 29m31s07, que era da chinesa Junxia Wang, e foi estabelecida em 1993, foi derrubada pela etíiope Almaz Ayanapelas, medalha de ouro com o tempo de 29m17s45. Ela também estabeleceu o novo recorde olímpico, que era de Genzebe Dibaba (29m54s66), que durava desde os Jogos de Pequim, em 2008.

A prata ficou com a queniana Vivian Cheruiyot (29m32s53), e o bronze com outra etíope, Tinueresh Dibaba (29m42s56), irmã da antiga recordista olímpica da prova, Genzebe Dibaba.

Fonte: O Globo

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