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Durante a 24ª edição da Marcha para Jesus, estudiosos da Universidade Metodista de São Paulo, promoveram uma pesquisa com o objetivo de entender o perfil da cultura política dos participantes do evento.

Abordando o tema “Evangélicos: Política e pensamento conservador”, o grupo de pesquisa Mídia, Religião e Cultura (MIRE), do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, entrevistou cerca de 527 pessoas, por meio de um questionário aplicado por 26 estudantes.

Segundo a pesquisa, o evento que aconteceu em São Paulo no dia 26 de maio, teve grande parte do público formada por pessoas de outras denominações evangélicas (48%), embora a marcha tenha sido articulada pela Igreja Renascer em Cristo. Segundo os organizadores, cerca de três milhões de pessoas participaram do evento, enquanto a Polícia Militar decidiu não divulgar seus dados de contagem.

Nas questões sobre política, a maior parte do público (62,7%) afirmou não ter preferência de linha política (esquerda, centro ou direita) e 16,4% não souberam diferenciar ou responder tal questão. Sobre os partidos políticos, 81,6 % afirmaram não possuir preferência partidária. Em segundo lugar, com 7,6% foi citado o PT, e em seguida o PSDB, com 4,9%.

“Diante disso, percebemos que há uma apatia dos entrevistados em relação as ideologias políticas e as organizações partidárias. Os entrevistadores também relataram o tom de desconfiança e desprezo dos entrevistados diante destas questões. No entanto, esse tom se alterava quando se tocava em pautas morais e de representatividade”, disse o pesquisador do grupo Prof. Leandro Ortunes (PUC-SP), no texto sobre o estudo.

Segundo os entrevistados, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, é o líder com maior índice de representatividade entre os evangélicos, alcançando 58,6%. Na representatividade política, o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), da Assembleia de Deus, alcançou 40,8%.

Por outro lado, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) alcançou o maior índice de rejeição pelos evangélicos entre os líderes políticos, onde 42,5% dos entrevistados afirmaram que o deputado não os representam em nenhum sentido.

“Somente neste comparativo, entre estrutura política e a representatividade, percebemos que o público entrevistado está muito mais voltado à figura do líder do que a uma ideologia política ou partido”, conclui o Prof. Leandro Ortunes.

“É evidente que a participação política, dos evangélicos entrevistados, é influenciada pelo poder carismático e midiático de alguns líderes religiosos, isso independente da linha partidária ou política dos deles”, acrescenta.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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