Micah Wilder e o pastor batista Alan Benson. (Foto: Instagram/Micah Wilder)
Micah Wilder e o pastor batista Alan Benson. (Foto: Instagram/Micah Wilder)

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Igreja Mórmon, é a quarta maior igreja dos Estados Unidos e a que mais cresce no país. Seus membros são rotulados como cristãos por crerem em Jesus, mas há muitos questionamentos em torno de sua doutrina.

O mormonismo diverge com o cristianismo tradicional em quatro áreas: sua visão sobre as Escrituras, a deificação dos crentes, a divindade de Cristo e da trindade e a salvação.

Micah Wilder cresceu dentro do modelo mórmon e observava rigorosamente as leis de sua religião. “Éramos o protótipo de uma família maravilhosa e feliz. Mesmo assim, não tínhamos o conhecimento de Deus em Cristo”, disse ele ao The Christian Post.

Durante seus anos universitários em Utah (EUA), Micah trabalhou em um templo mórmon para se preparar para os dois anos mais importantes de sua vida: ser missionário em tempo integral.

“O mormonismo é uma fé baseada nas obras”, explica. “Então fui fiel na minha frequência à igreja, eu dei o dízimo, segui os códigos morais e fui ao templo mórmon, acreditando que essas coisas contribuíram para minha posição correta diante de Deus. Eu ansiava por intimidade com Ele.”

Aos 19 anos, Micah foi enviado para Orlando, na Flórida, como missionário mórmon. Em apenas alguns meses em missão, ele confrontou um ministro batista, o pastor Alan Benson, com a intenção de convertê-lo ao mormonismo.

Micah via os cristãos como um desafio específico — ele cresceu sendo ensinado que os evangélicos praticavam uma “fé barata”. O pastor Alan ouviu o “evangelismo” do jovem mórmon até que começou a apresentar a ele o Evangelho e o significado da graça.

A ideia de que a salvação é um presente gratuito de Deus, e não é preciso conquistar a vida eterna, era não só “completamente contraditória com o que eu fui ensinado”, mas também “algo que eu teria via como tolice”, Micah compartilhou.

“Minha principal resposta foi: ‘Isso é muito simples’”, disse ele.

Desafiado pelo pastor

Micah lembra que se sentiu despreparado para refutar os argumentos do pastor, já que não conhecia muitas das passagens bíblicas que ele citou. O pastor Alan, então, apresentou ao jovem um desafio.

“Ele me disse para ler a Bíblia como uma criança”, disse Micah. “Ele me incentivou a me achegar a Palavra de Deus sem pressuposições e a separá-la das lentes religiosas do mormonismo”.

Micah Wilder conta sua história no livro “Passaporte para o Céu: A Verdadeira História de um Missionário Mórmon zeloso que descobre o Jesus que ele nunca conheceu”. (Foto: Instagram)

O devoto mórmon passou os próximos 20 meses lendo o Novo Testamento do início ao fim, repetidamente. Com o tempo, seus olhos se abriram para a verdade do Evangelho, “não com base nas minhas obras, esforços ou méritos, mas unicamente na obra e nos méritos de Cristo.”

Faltando menos de um mês para sua missão de dois anos, Micah foi confrontado por seus líderes sobre suas novas crenças. Com a missão interrompida, o jovem voltou a Utah para enfrentar a disciplina dos líderes da igreja. “Me disseram que eu estava cheio do espírito do diabo e estava sendo enganado”, disse ele.

O preço da verdade

Micah passou a compartilhar sua descoberta com sua família, amigos e a namorada, Alicia. Todos passaram a ler a Bíblia com o coração aberto e serem convencidos pelo Espírito Santo sobre a verdade.

“Deus trabalhou nos corações e mentes deles”, disse ele. “A Alicia leu a Bíblia e abraçou o verdadeiro Evangelho. Minha mãe e meu pai deixaram a Igreja Mórmon e minha mãe se afastou do trabalho [na faculdade mórmom]. Eles perderam tudo no mundo, mas ganharam vida em Cristo”.

Casados ​​há 15 anos, Micah e Alicia Wilder têm três filhos e lideram o Ministério Adam’s Road, dedicado a compartilhar o Evangelho por meio de músicas e testemunhos. Ao longo dos anos, o ministério tem ajudado vários mórmons a deixar sua antiga religião e encontrar a liberdade em Cristo.

“É um processo muito lento, difícil e doloroso”, disse ele. “Acho que muitos cristãos não entendem quanta compaixão precisamos ter com as pessoas que saem de algo como o mormonismo, porque é muito cultural. Proclamar a verdade pode significar perder tudo — casamentos, relacionamento com os filhos, amigos, comunidade, empregos e segurança financeira.”

Por isso, Micah desafia os cristãos a continuarem espalhando a verdade: “Se um pastor batista não tivesse compartilhado o Evangelho comigo em amor e verdade, e plantado a semente da Palavra de Deus, não sei onde estaria hoje”, disse ele. “O fato de ter demorado 19 anos para finalmente ouvir o Evangelho é uma triste realidade. Queremos encorajar o corpo de Cristo a ser uma testemunha amorosa e verdadeira do Evangelho”.

Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post

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