Bandeira do México (Foto: reprodução)
Bandeira do México (Foto: reprodução)

Os recém-convertidos Braulio e a esposa Regina vivem em Huacaxtitla, uma pequena cidade de apenas 526 pessoas no estado oriental de Hidalgo, no México, e já sabem o que é enfrentar a hostilidade por causa de Jesus.

Na região, a perseguição religiosa é uma realidade para aqueles que escolhem deixar para trás as crenças tradicionais da comunidade. Os cristãos têm sido fortemente pressionados para abandonar a fé e enfrentam as consequências pela escolha do evangelho.

Em 2020, o casal começou a frequentar uma igreja local liderada pelo pastor Pedro Hernández e não demorou para perceber que seguir Cristo é um ato de coragem. A partir do momento em que começaram a se reunir com os cristãos locais, os líderes comunitários começaram a assediar os cristãos e os pressionarem para abandonar a fé em Jesus. A pressão é tão intensa, que a família corre o risco de ser expulsa da cidade.

Em novembro, as autoridades locais escolheram Braulio para ser um dos delegados da cidade para 2021. Mas quando perceberam que ele estava seguindo Jesus, uma crença diferente da fé católica local, elas o convocaram perante a Assembleia para demiti-lo. As autoridades não só o tiraram a responsabilidade recém-atribuída. Elas também ameaçaram cortar os serviços de água e eletricidade para a casa e expulsá-lo com toda a família da cidade.

Em primeiro de dezembro, as autoridades convocaram Braulio novamente para participar de outra audiência para interrogá-lo sobre a nova fé. Ao final da audiência, eles exigiram que Braulio contribuísse para as atividades, rituais e festividades religiosas, argumentando que era dever dele ajudar, como morador de Huacaxtitla.

Braulio defendeu o direito de escolher a fé livremente e se recusar a participar de outras crenças religiosas. Apesar da audiência terminar sem qualquer pena imposta a Braulio, as ameaças de expulsão e corte de serviços essenciais ainda foram mantidas.

A família agora não tem assistência pública, incluindo acesso a cuidados de saúde, escolaridade para os filhos e o direito de usar o cemitério local para enterros.

Os parceiros da Portas Abertas no México acompanham a família, oferecendo apoio emocional, material e jurídico. Um advogado foi contratado para organizar uma reunião de conciliação e tentar chegar a um acordo com as autoridades locais, mas nada foi resolvido.

Fonte: Portas Abertas

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