As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negaram que haja avanços para a troca dos políticos, soldados e policiais que têm detidos por rebeldes presos, como afirmou um sacerdote da Igreja Católica.
Luis Edgar Devia, porta-voz das Farc e conhecido como “Raúl Reyes”, se referiu a declarações feitas há três dias pelo presidente da Conferência Episcopal colombiana, Luis Augusto Castro.
O sacerdote disse que havia progressos para conseguir um acordo humanitário que facilite a libertação dos 59 seqüestrados.
O porta-voz das Farc, em declarações divulgadas por um site que transmite comunicados dessa organização armada, qualificou a versão de possíveis avanços como “falsos rumores”, e desmentiu também possíveis contatos de delegados oficiais com guerrilheiros.
“Lamentamos que monsenhor Luis Augusto Castro seja outra vítima da política de demora, engano e ausência de vontade do Governo na concretização da troca de prisioneiros”, disse.
Reiterou que “não existe nenhuma possibilidade de aproximação das Farc com o Governo” se não houver a desmilitarização de dois municípios do departamento do Valle del Cauca (sudoeste), como propõe essa guerrilha há mais de quatro anos.
“Sem esta condição, estão longe de haver as condições reais do esperado acordo”, disse “Raúl Reyes”.
A guerrilha têm seqüestrados 22 políticos, 34 militares e policiais e três americanos, entre eles a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, retida desde fevereiro de 2002, e que também tem nacionalidade francesa.
As Farc pretende trocar os seqüestrados por 500 guerrilheiros presos, mas para isso é preciso o acordo humanitário.
Fonte: Último Segundo