Cantora Fernanda Brum durante gravação de DVD dos 30 anos na África. (Foto: Divulgação)
Cantora Fernanda Brum durante gravação de DVD dos 30 anos na África. (Foto: Divulgação)

Simples, carismática e dona de uma bela voz grave que exprime um estilo próprio e muita personalidade, a cantora e compositora Fernanda Brum vendeu, ao longo de 30 anos de ministério, milhares de CDs e DVDs de adoração, pop e até rock e, dos anos 90 pra cá, transformou-se em um dos principais nomes da música gospel.

Enquanto o pai dela ensaiava o coral da igreja, a pequenina atentamente assistia a tudo e tentava fazer igual. Fernanda, criada em Irajá, um subúrbio da Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), batizada pelo Espírito Santo aos quatro anos de idade, aos cinco já mostrava talento com a voz.

A cantora se rendeu ao amor de Jesus ainda na adolescência, após um período afastada da igreja, antes de encontrar sua vocação. Durante um show gospel, ela voltou para Jesus e começou a colocar em prática o chamado de Deus. Então, aos 17 anos de idade, começou a realmente cantar e dar o pontapé inicial na carreira.

“Exatamente quando eu me converti, eu vi que não dava para separar as duas coisas, eu percebi que tudo o que eu fazia musicalmente e artisticamente era ministerial, e era uma missão também. Então, foi nessa hora que eu tive o estalo e uma mudança para ministrar, ser ministra do Evangelho, como eu sou hoje”, afirma.

Nesse ínterim, ela nutria o seu amor missionário pela África. “Eu não tinha a menor ideia do que Deus iria fazer comigo, mas eu tinha uma certeza: eu precisava levar o amor de Deus a todos os povos, tribos, línguas e nações, e foi através da música que Deus me fez chegar aonde eu não pude ir pessoalmente”, continua.

Em 30 anos de uma vida dedicada à evangelização pela música, Fernanda reúne momentos marcantes na carreira, traduzidos em quatro indicações ao Grammy Latino – vencendo em duas oportunidades na categoria “Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa”-, além de 17 discos de ouro, 9 de platina, 4 de platina duplo, 2 de platina triplo, 5 DVDs de ouro e 1 de platina.

“Um dos momentos mais emocionantes da minha carreira e ministério aconteceu quando eu estava lançando o CD ‘Meu Bem Maior’ e uma mulher largou as muletas e começou a dançar no meio da canção A Tua Glória”, ela lembra.

Família e missões

Fernanda é pastora ao lado do esposo, Emerson Pinheiro, no Ministério Profetizando às Nações, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Eles são pais de Isaac e Laura. Nos últimos anos, o casal tem se preocupado em despertar no Brasil o amor e o clamor pelos povos não alcançados e pelos irmãos que sofrem em locais onde a pregação do Evangelho é proibida.

Para celebrar a marca de 30 anos de ministério, Fernanda reuniu em um álbum 14 releituras musicais de sucessos que marcaram sua trajetória. O início do trabalho se deu com o lançamento da versão de Orai Por Todas As Crianças, seguida da releitura de Redenção e Eu Vou, entre outras. A canção Não É Tarde traz a participação da cantora gospel Eyshila, amiga que integrou com Fernanda o grupo Voices, nos anos 90.

“Algumas pessoas querem saber por que eu escolhi certas canções para celebrar os 30 anos de ministério. Há muitas canções para serem escolhidas, elas não caberiam em um projeto único. Mas Não É Tarde é muito especial, porque foi uma canção que eu gravei assim que eu tive a Laura. Assim que eu recebi o milagre de ser mãe mais uma vez. É uma canção que fala que não é tarde para sonhar com a gestação, com o sonho de ser curado, com o sonho de ser transformado… não é tarde porque a esperança está nos nossos corações”, afirma a pastora.

O projeto comemorativo chama-se “30 anos: África” e foi gravado inteiramente na ONG Baluarte, localizada em Luanda, capital de Angola, local que tem forte relação com a história da cantora como missionária. “Minha missão com esse projeto é levar ao maior número de pessoas a palavra de Deus cantada, transformar corações, levar acalento, mostrar a África que eu conheci. É alcançar e conscientizar mais pessoas sobre a realidade e as necessidades do continente em relação aos órfãos de guerra. Escolhi, respirei fundo, sonhei e comecei um movimento para levantar fundos para a gravação. Com 30 anos de carreira, precisava significar algo que marcasse os próximos 50 anos. E a África, para mim, é um continente a ser alcançado”, revela.

A produção musical ficou a cargo do esposo, Emerson Pinheiro, e a produção audiovisual é de Alex Passos, que reuniu minidocumentários mostrando os bastidores da viagem e contando histórias de Fernanda como missionária, junto com testemunhos das pessoas envolvidas.

“Em 30 anos, eu amadureci e sobrevivi a muitos vendavais. Eu gostaria de deixar uma mensagem a quem está começando: não tem que ser uma carreira, precisa ser um ministério. Carreira passa, ministério nunca acaba”, finaliza Fernanda.

Assista Eu Vou (África) – Fernanda Brum 

Fonte: Comunhão

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