Flordelis e Anderson do Carmo eram casados há 25 anos Foto: Reprodução
Flordelis e Anderson do Carmo eram casados há 25 anos Foto: Reprodução

Marina Lang
Colaboração para o UOL, no Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro intimou ontem, 13 familiares do pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros dentro de casa em 16 de junho, para realizar a reconstituição da madrugada do crime, prevista para ocorrer no dia 21 deste mês na residência da família, em Niterói (região metropolitana do Rio).

A polícia esteve nesta terça-feira (10) na casa da deputada a fim de entregar as intimações. De acordo com a Polícia Civil, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), que era casada com Carmo, ainda não foi intimada porque está em atividade parlamentar em Brasília.

“A delegacia está em contato com a defesa de Flordelis, que está em Brasília acompanhada de três filhos, para a entrega das intimações até o final de semana”, disse a polícia, em nota divulgada no começo da tarde de hoje.

Procurado pelo UOL, o advogado Fabiano Migueis, que presta assessoria jurídica à deputada, informou que “hoje pela manhã uma equipe da DH [Delegacia de Homicídios] esteve na casa e intimou alguns filhos para a reconstituição do crime. Alguns não estavam em casa, assim como a deputada, que está em Brasília”, informou.

“Mas, independentemente do recebimento, ela estará no dia e hora marcada para contribuir com as investigações, como sempre fez”, acrescentou Migueis.

A polícia quer recompor a madrugada do assassinato com filhos e netos que estavam no local. O corpo de Carmo teve 30 perfurações, de acordo com o laudo pericial.

Dois dos 54 filhos do casal estão presos acusados de envolvimento no homicídio: Lucas dos Santos, 18, que confessou a participação na obtenção da arma do crime, uma pistola 9 mm; e Flávio dos Santos, 38, que confessou segundo a polícia ter dado seis tiros no pastor.

A polícia não confirmou se a reconstituição terá a participação dos filhos presos tampouco identificou quem são os intimados, mas entre eles há filhos e netos do casal.

A arma usada no assassinato foi achada em cima de um armário do quarto usado por Flávio na residência do casal. Filmagens das câmeras de segurança nas ruas da residência colocaram Flávio e Lucas na cena do crime (veja a seguir).

Em depoimento prestado à Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, o perito da Polícia Civil afirmou que, devido à quantidade de perfurações no corpo do pastor e, apesar de as balas de calibre 9 mm geralmente terem reentradas pelo corpo, foram dados mais disparos do que os seis tiros confessados por Flávio.

Fonte: UOL

Comentários