O governador do Texas, Dan Patrick (foto), está mobilizando pastores do estado do Texas para se tornarem defensores de uma lei que combate a política de banheiros transgêneros, exigindo que as pessoas usem esses espaços coletivos estatais (como em parques, escolas públicas ou outros locais de grande concentração de pessoas) de maneira consistente com seu sexo biológico, impedindo que as prefeituras locais promulguem suas próprias políticas de banheiro transgênero.

[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2017/03/07/2192616756-dan-patrick-texas.jpg[/img]Patrick, apoiador assumido do ‘Projeto de Lei 6’ (ou ‘S.B. 6’, como tem sido chamada nos EUA), realizou uma sessão informativa para pastores na última segunda-feira (6), que foi organizada pelo grupo conservador ‘Family Research Council’ (‘Conselho de Pesquisa para a Família’) e realizada na sede da Fundação de Polítcas Públicas do Texas.

A reunião foi realizada um dia antes do novo projeto de lei – apresentada pela Senadora republicana Lois Kolkhorst para impedir os governos locais de forçarem as empresas a permitirem que transgêneros tenham acesso a banheiros e vestiários conforme sua “identidade de gênero” – tivesse uma audiência na Comissão de Assuntos Estaduais do Senado do Texas.

Considerando que os pastores e líderes religiosos desempenharam um papel fundamental na rejeição pública contra uma ordenança que buscava instalar a política de banheiros transgêneros em Houston e conseguiram derrubar a lei com um referendo em 2015, Patrick está esperançoso que os líderes cristãos conservadores possam ter o mesmo impacto com uma grande mobilização para aprovar este novo ‘Projeto de Lei 6’, que já foi rotulado pelos grupos LGBT como “homofóbico” e “transfóbico”.

“Para que todos os seus legisladores sejam ousados ??e corajosos, façam a coisa certa, orem por sua proteção e então saiam e ganhem essa luta pela América, porque os Estados Unidos estão olhando para o Texas agora”, disse Patrick aos pastores na reunião. “O mundo depende de uma América forte e os Estados Unidos dependem de um Texas forte e um Texas forte depende de igrejas fortes é o que elas representam: os valores do Texas”.

[b]Apoio assumido[/b]

Patrick tem sido bastante ativo em sua defesa a este novo Projeto de Lei. Na semana passada, ele realizou uma coletiva de imprensa para derrubar alguns equívocos que as pessoas têm sobre a lei do Texas com relação ao assunto.

Em particular, Patrick refutou conceito de que o ‘S.B. 6’ é o mesmo que a lei altamente controversa ‘H.B. 2’, que foi aprovada na Carolina do Norte no ano passado. Enquanto ambos os projetos fazem muitas das mesmas coisas em relação aos banheiros e vestiários, a H.B. 2 também reserva discriminações de classe para o emprego e acomodações, o que omite a identidade de gênero e a orientação sexual como classes protegidas.

“O nosso projeto de lei não é o mesmo do da Carolina do Norte”, afirmou Patrick. “Seu projeto de lei estava tratando da classe protegida na comunidade LGBT em relação ao emprego, habitação e outras questões”.

A audiência de terça-feira pela Comissão de Assuntos do Estado contou com o testemunho do presidente do Conselho de Pesquisa para a Família, Tony Perkins.

“Este projeto responde a uma ameaça potencial não só do governo federal, mas de governos locais e distritos escolares dentro do Texas, que podem optar por adotar leis ou políticas de ‘anti-discriminação’ que valorizam a ‘identidade de gênero’ em detrimento da segurança e privacidade dos texanos”, disse Perkins ao comitê presente. “Isso foi exatamente o que aconteceu em Houston – até que as pessoas colocaram a questão nas urnas e derrubaram a ação da Câmara Municipal e da prefeita”.

“Deixe-me enfatizar que a ameaça não vem principalmente de pessoas que se identificam como transgêneros”, continuou Perkins. “Em vez disso, ela vem daqueles que podem explorar a situação, afirmando que são transgêneros somente para obter acesso mais fácil (geralmente) a banheiros ou provadores femininos, onde eles podem se praticar o voyeurismo (prática de observar cenas de nudez para satisfazer um desejo erótico) ou até mesmo o estupro em si”.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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