Toda reencarnação de Buda tibetano vivo deverá ter o aval oficial do governo chinês e de seu gabinete para Assuntos Religiosos para ser válida, anunciou nesta sexta-feira a agência Nova China.

As novas regras entrarão em vigor no dia 1º de setembro, marcando “uma etapa importante para institucionalizar a gestão das reencarnações de Budas vivos”, explicou a agência oficial.

De acordo com estas regras, apenas os templos de budismo tibetano creditados pelas autoridades chinesas terão o direito de solicitar o reconhecimento de uma reencarnação.

Os Budas despertados vivos são um elemento importante do budismo tibetano –grupo de monges eméritos, que supostamente reencarnam. Vários candidatos estão na fila para serem escolhidos.

Pequim pretende manter um rigoroso controle dos assuntos religiosos, principalmente nesta região. As autoridades chinesas haviam recusado em 1995 a escolha pelo Dalai Lama, líder tibetano no exílio na Índia, da reencarnação do panchen lama, número dois na hierarquia do budismo tibetano.

Retirado de sua casa pelas autoridades, o 11º panchen lama, uma criança de seis anos, nunca mais foi visto.

Pequim escolheu seu próprio panchen lama, que realizou no ano passado uma aparição internacional em ocasião de um “Foro de Budismo Mundial” em Hangzhou, leste da China.

A China, que afirma que o Tibete faz parte de seu território desde o 13º século, havia ‘libertado’ esta região em 1951. Em 1959, após uma rebelião frustrada, o Dalai Lama escolheu estabelecer um governo no exílio na Índia, em Dharamsala.

Fonte: Folha Online

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