O governo de Mato Grosso do Sul proibiu o uso de linguagem neutra nas instituições de ensino, documentos oficiais e confecções de materiais didáticos no estado, conforme publicado no Diário Oficial do Estado, do dia 30 de dezembro de 2021. A medida foi sancionada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
O decreto estabelece que é obrigatória a utilização da norma culta da língua portuguesa, como forma de padronização do idioma oficial do país. Contudo, a norma não se aplica nos casos em que houver necessidade da utilização da língua indígena em ambiente escolar.
Na linguagem neutra, vogais “a” e “o” são geralmente substituídas por “e” ou “x”. Como por exemplo, a palavra “todos”, refere-se ao gênero masculino, mas grafada “todas” no feminino. Já no gênero neutro, ela pode ser escrita tanto como “todes” ou “todxs”, que não são nem masculinas nem femininas.
O projeto de lei que proíbe a linguagem neutra foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em 8 de dezembro. A proposta é de autoria do deputado Márcio Fernandes (MBD), que defendeu que a linguagem neutra está em desacordo com as regras gramaticais ensinadas nas escolas e já consolidadas no país.
“Não há como se falar em mudar toda uma estrutura de linguagem em um país onde a cada ano aumenta o número de crianças e adolescentes analfabetos”, justifica o projeto de lei.
Com informações de G1 e Guia-me