O grão-rabino de Haifa, Shear Yashuv Cohen, afirmou nesta quinta-feira que “inimigos de Israel” tentaram impedir a visita do papa Bento XVI à Terra Santa, programada para ocorrer entre os dias 8 e 15 de maio.
Yashuv fez a declaração em coletiva de imprensa após encontro com o Pontífice no Vaticano, mas evitou dizer quais seriam estes inimigos.
O embaixador israelense junto a Santa Sé, Mordechay Lewy, explicou, por sua vez, que “a visita de Bento XVI não era um consenso entre os líderes locais, que estavam divididos sobre a viabilidade da viagem neste momento”.
“Por outro lado, se fôssemos esperar a paz duradoura da Oriente Médio, seria necessário esperar muito tempo para uma visita do Papa”, expôs o embaixador.
“A sua visita será importante para fazer os judeus, cristãos e muçulmanos refletirem sobre o fato de que possuem as mesmas raízes”, defendeu Yashuv, após a reunião que o Pontífice teve com uma delegação do grão-rabinato de Israel.
Sobre as expectativas de abertura para um diálogo interreligioso, o grão-rabino comentou que a visita de Bento XVI ao Memorial Yad Vashem, onde se localiza o Museu do Holocausto, “causará um impacto sobre a atmosfera geral e sobre toda a região, mas ele não pode garantir que isto convencerá os extremistas terroristas islâmicos”.
No último domingo, o Pontífice anunciou oficialmente que viajaria para a Terra Santa. A visita ao Oriente Médio vinha sendo estudada desde novembro do ano passado pelo Vaticano.
Fonte: Ansa