Os casamentos forçados não são justificados pelo islamismo e pode-se dizer “não” a estas práticas culturais que foram silenciadas no entorno familiar e as quais muito poucos jovens se opõem devido às pressões de parentes.

Essa é a mensagem transmitida por uma campanha da Plataforma de Organizações Islâmicas de Rijnmond (SPIOR), da Holanda, dirigida aos muçulmanos que vivem na Europa.

“A pressão é tão forte que os jovens envolvidos nesses casamentos forçados pensam que deve ser assim, não falam com ninguém e não se negam a isso”, explicou hoje o professor de estudos islâmicos Tariq Ramadan, um dos responsáveis pela divulgação da campanha na Espanha.

“Muitos jovens achavam que não era uma opção e não sabem que têm o direito a dizer não”, disse Marianne Vorthoren, líder da SPIOR, que destacou que não há dados globais do número de pessoas afetadas por estas práticas culturais, “porque acontecem dentro do marco familiar”.

A campanha, já apresentada na Holanda e na Bélgica, pretende gerar “uma voz forte” na União Européia (UE), cujos países já são os de origem para muitos muçulmanos, para ser ouvida também “nas nações de maioria muçulmana”, segundo Ramadan.

A iniciativa busca a participação de todos os agentes sociais na possível erradicação de um problema “não através do alarmismo e da estigmatização de uma comunidade”, mas mediante soluções e práticas preventivas, disse a diretora da Casa Árabe (Espanha), Gema Martín.

Fonte: EFE

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