As autoridades israelenses rejeitaram 80% dos pedidos apresentados por cristãos de Gaza para deixar o território e acompanhar a visita do papa Bento XVI, denunciaram fontes do Patriarcado Latino em Gaza.

Israel aceitou 93 solicitações, mas rejeitou 400, após impedir que os menores de 35 anos deixassem a Faixa, explicou Amin Sabbag, do Patriarcado Latino em Gaza, segundo citado pela agência palestina “Ma’an”.

Durante o dia, 32 palestinos cruzaram Israel com uma permissão especial por causa da peregrinação de Bento XVI, iniciada na última sexta-feira na Jordânia, informou à Agência Efe Gay Inbar, porta-voz do organismo subordinado ao Ministério da Defesa que coordena as atividades israelenses nos territórios palestinos.

Gaza e Cisjordânia -onde fica Belém- estão fisicamente separadas por Israel, e, por isso, é preciso uma autorização para deixar a Faixa e usar a passagem fronteiriça de Erez, a qual o Estado judeu concede com bastante rigidez.

Durante a peregrinação à Terra Santa, que termina na sexta-feira, Bento XVI não visitará Gaza. Por isso, membros da pequena minoria cristã (três mil palestinos) tinham pedido para assistir à missa que o pontífice oficiará na quarta em Belém.

No domingo, o representante do Comitê Popular Contra o Bloqueio a Gaza, Jamal al-Khudairi, apresentou um convite de última hora ao papa para que visite Gaza e presencie a destruição causada pela ofensiva israelense de dezembro e janeiro, na qual 1.400 palestinos morreram, a maioria civis.

O porta-voz israelense, por sua vez, nega que o número de pedidos rejeitados chegue a 400, pois alega que o contato de coordenação da Autoridade Nacional Palestina (ANP) em Gaza só apresentou 250 a Israel, “que era o cálculo inicial”.

“Só há cerca de uma semana os delegados da Igreja falaram de 400 pedidos”, explicou.

Inbar disse que “em torno de 100” cristãos palestinos receberam a autorização para entrar em Israel, dos 170 que “cumpriam os requisitos” impostos pelas autoridades militares para deixar a Faixa.

Fonte: EFE

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