A Igreja Anglicana em Zimbábue recorreu à Justiça, para retirar o controle da Diocese anglicana de Harare, das mãos do controvertido bispo Dr. Nolbert Kunonga, que se opõe ao “enfoque liberal” das autoridades eclesiásticas diante do homossexualismo, que é ilegal nesse e em outros países africanos.

O presidente zimbabuano, Robert Mugabe, é um duro crítico do homossexualismo e, tem declarado, reiteradas vezes, que os homossexuais são piores que os cães e os porcos”. Segundo o Dr. Kunonga, a Província da Igreja Anglicana na África Central não censurou “adequadamente” os bispos que toleram e respaldam o homossexualismo, em suas respectivas dioceses e, por essa razão, ele deseja separar a Diocese de Harare do restante da circunscrição eclesiástica.

A Província anglicana da África Central inclui Botsuana, Malauí e Zimbábue, mas o Dr. Nolbert Kunonga afirmou que este último país poderá se converter numa província em si, que contaria cinco dioceses: Marondera, Chitungwiza, Chinhoyi, Bindura e Harare.

Reagindo às intenções do bispo rebelde, as autoridades eclesiásticas anglicanas solicitaram a um tribunal de justiça da capital, sua interdição, a fim de que ele não possa mais ter acesso às contas bancárias da Igreja Anglicana, realizar transações com os fundos de investimento diocesanos ou tomar decisões acerca dos imóveis de propriedade da diocese.

“Em conseqüência de sua retirada da Província anglicana da África Central, o bispo Kunonga não tem direito de continuar dispondo sobre os bens da Igreja, incluindo os fundos bancários, os investimentos e as propriedades móveis e imóveis” _ diz a solicitação judicial para que ele seja interditado.

A Justiça de Zimbábue ainda não emitiu um veredicto sobre a questão.

Fonte: Rádio Vaticano

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