Uma multidão de muçulmanos forçou o fechamento de outra igreja doméstica em Bandung, na província de Java Ocidental. No último domingo, 11, cerca de 100 pessoas – incluindo moradores e membros da Divisão Anti-proselitismo do Conselho dos Ulemás da Indonésia – invadiram a casa de Tayung, na vila de Padawulun.

A casa era usada como local de encontro semanal de oração pelos membros da Igreja Bethel (GBI). Tayung não teve escolha a não ser “aceitar” a ordem de interromper o culto que acontecia em sua casa. Outros cristãos também estavam presentes quando o culto dominical foi interrompido e todos foram forçados a sair.

Os organizadores do violento protesto anticristão disseram: “Queixas contra as atividades religiosas na casa de Tayung já foram feitas aos líderes da GBI, mas nunca houve resposta”. Os moradores e alguns extremistas alegam que a casa foi convertida em igreja ilegalmente e, além disso, está situada perto de uma mesquita.

Omay Komarudin, o líder da vila, disse: “A dura reação da multidão tinha justificativa porque nossos avisos nunca foram levados em consideração”.

Incidentes recorrentes

Não é a primeira vez que incidentes desse tipo acontecem em Bandung. Suryana Nufatwa, do conselho muçulmano, disse que a ação não aconteceu por ódio aos cristãos. “Somos favoráveis a todas as igrejas legais, mas a GBI transformou uma casa em igreja e isso é contra a lei”. Mas Almer, representante da GBI, afirmou: “Conseguir uma permissão para construir um templo na Indonésia não é fácil”.

Desde de 2005, aumentam os casos de violência fundamentalista contra as chamadas igrejas domésticas. Para solucionar o problema, há um ano, o governo decretou a antecipação da revisão do decreto ministerial de 1969 (SKB 1/1969), que regulamenta a construção de locais de culto.

Os longos processos e os problemas envolvidos na obtenção de licença para construir frequentemente forçam as comunidades religiosas a praticar sua fé em condições ilegais.

Fonte: Porta Abertas

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