A Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) assegurou neste terça-feira que não recebeu denúncia alguma da suposta paternidade do então bispo e hoje presidente do país, Fernando Lugo.

Em comunicado, a CEP respondeu assim a declarações do bispo de Alto Paraná e Canindeyú, Rogelio Livieres, que disse à imprensa que a “Igreja tem os nomes das mulheres” que denunciaram Lugo.

“A Conferência Episcopal Paraguaia nunca recebeu denúncia formal por escrito em relação a Lugo e a questões de suposta paternidade”, diz o texto.

“Se a denúncia foi apresentada perante a Nunciatura Apostólica, seu tratamento e definição foram de exclusiva competência da mencionada” instituição, afirma a nota.

Livieres, uma das referências do setor conservador da CEP e crítico de Lugo, afirmou que o núncio apostólico no Paraguai dos anos 2002 a 2004, Antonio Lucibello, tinha recebido denúncias escritas de mulheres que assinalavam que o pai de seus filhos era o então bispo de San Pedro, Fernando Lugo.

Segundo ele, todas as denúncias que não quantificou são anteriores às de Viviana Carrillo, de 26 anos, cujo filho, Fernando Armindo, de dois anos, foi reconhecido na semana passada por Lugo como seu, depois de um processo de filiação.

“Isso de Lugo todo mundo sabia, em vários setores todos os dados eram analisados. A Igreja falhou ao não ter falado com maior clareza, foi uma forma de acobertar”, assegurou Livieres, ao opinar que o escândalo que envolve Lugo “causa um grave dano à Igreja”.

O comunicado da CEP diz que o conselho “lamenta e rejeita as expressões do monsenhor Rogelio Livieres que fazem entender que houve encobrimento ou cumplicidade dos bispos do Paraguai sobre a conduta moral do então membro do colégio episcopal”.

Fonte: EFE

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