O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), d. Carlos Azevedo, minimizou a liberalização do rito em latim da missa e de outros sacramentos católicos.

Segundo o bispo auxiliar de Lisboa, a medida terá pouco efeito em Portugal. “A fé vai continuar a ser a mesma”, afirmou.

Em sua fala no final de uma reunião do Conselho Permanente da CEP, realizada em Fátima, o porta-voz considerou que a decisão do papa Bento 16 não será um problema no país. Em Portugal, apenas alguns grupos isolados poderão ter interesse no retorno dos ritos em latim para as missas.

Recentemente foi publicado um motu próprio (decreto papal) que permite novamente a utilização da missa em latim, deixada em segundo plano após o concílio do Vaticano 2º, encerrado em 1965. Desde então, os fiéis passaram a assistir às missas nos idiomas próprios de cada país.

Para d. Carlos Azevedo, a decisão do Vaticano é mais um sinal de abertura do que qualquer tipo de rendição às reivindicações dos movimentos mais conservadores. Segundo o bispo, o rito em muitos casos resume-se a uma questão de “gosto pessoal” dos fiés, que preferem os cânticos em latim. Na reunião desta terça-feira, o Conselho Permanente da CEP também discutiu alguns pormenores sobre a Assembléia dos Bispos Europeus que vai acontecer em outubro, também em Fátima.

Fonte: Lusa

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