A Igreja no Peru, através da Comissão Episcopal de Ação Social (CEAS), qualificou de “desconcertante” a proposta do presidente Alan García, de aplicar a pena de morte aos terroristas e aos que abusam de menores.

Em declarações à Rádio CPN, o presidente da CEAS e arcebispo de Huancayo, Dom Pedro Ricardo Barreto Jimeno, rechaçou a pena de morte “porque está demonstrado que não é dissuasiva”.

Na mesma ocasião, Dom Barreto Jimeno manifestou seu desacordo em relação ao referendo proposto pelo Executivo do país, para que o povo decida a aprovação da pena capital.

Desde que assumiu o poder, em 28 de julho passado, o presidente Alan García vem promovendo a aplicação da pena máxima para terroristas e violadores, mesmo à custa da modificação da Constituição e do arquivamento, por parte do Congresso, de um projeto de lei nesse sentido.

Dom Barreto Jimeno recordou que a Igreja desempenhou uma função social, ao defender os direitos das famílias dos presos acusados de terrorismo, que foram assassinados pelas forças da ordem, em cárceres da capital, nas décadas passadas.

Fonte: Rádio Vaticano

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