O Sínodo da Igreja Valdense do Rio da Prata, reunido de 3 a 7 de fevereiro nesta cidade uruguaia, conclamou os governos do Uruguai e da Argentina para que busquem o diálogo, com o intuito de encontrar uma saída que envolve o problema da construção de indústria de celulose ao longo do Rio Uruguai.

“Pertencemos a uma comunidade de fé, presente no Uruguai e na Argentina, unida por laços fraternais que estão acima de qualquer divisão política ou econômica que possam incentivar as grandes empresas multinacionais”, diz documento tirado do Sínodo.

A Igreja Valdense agradeceu os esforços de organismos ecumênicos por manter a unidade de ambas nações e advertiu que “é imprescindível pôr no centro da discussão os verdadeiros problemas do qual somos parte: a extensão das monocultuas, o desflorestamento indiscriminado, o uso de transgênicos e agrotóxicos, a ‘estrangeirização’ da terra”. Os valdenses entendem que esses problemas não podem ficar ocultos por trás de falsos confrontos, “por conflitos que são apenas expressão de problemáticas bem mais graves”.

Os valdenses comprometeram-se a orar e fazer todo o possível, através de palestras, debates, intercâmbio de informações e idéias nas congregações e nas sociedades das quais fazem parte, de promover uma defesa integral da Criação. “Estamos conscientes de que nossa irresponsável ação humana está pondo seriamente em perigo a vida na terra”, diz o documento sinodal.

Fonte: ALC

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