Cristãos participam de culto em Cuba, enquanto uma das fiéis expõe sua Bíblia. (Foto: United Bible Societies)
Cristãos participam de culto em Cuba, enquanto uma das fiéis expõe sua Bíblia. (Foto: United Bible Societies)

Líderes cristãos estão sendo monitorados e ameaçados em Cuba, à medida que a perseguição religiosa se intensifica por parte das autoridades do país, segundo um relatório publicado pela organização Christian Solidarity Worldwide (CSW) na última semana.

Tanto as instituições protestantes quanto as católicas pediram mais proteção ao governo, mas isso resultou em maior assédio aos líderes religiosos, advertiu a CSW.

“Os líderes religiosos que assumiram um papel de liderança na campanha, tanto a nível local quanto nacional, relataram que a pressão sobre eles continua alta. No ano passado, muitos escolheram fugir do país e buscar refúgio no exterior”, afirmou a organização.

A CSW revelou que líderes da Igreja Católica Romana e das Igrejas Protestantes, sendo registradas ou não pelo Conselho Cubano de Igrejas, foram abordadas por agentes de segurança do Estado e funcionários do Partido Comunista Cubano.

“Essas visitas e reuniões pareciam ter a intenção de intimidar os líderes religiosos e conscientizá-los de que estão sob vigilância”, alertou.

O relatório inclui vários exemplos de assédio que são enfrentados pelas igrejas.

“Alguns foram avisados pelos agentes e autoridades que a educação de seus filhos ou seu próprio emprego, poderiam ser ameaçados se eles continuassem com suas atividades”, afirma o texto.

A CSW recomendou líderes mundiais, incluindo as Nações Unidas e o governo dos Estados Unidos, a lidar com esse problema.

“O Departamento de Estado dos EUA deve continuar acompanhando de perto as violações de liberdade religiosa em Cuba e considerar a possibilidade de adicionar o país à Lista de Observação Especial”, solicitou.

“O Departamento de Estado deve garantir que todos os relatórios das violações de liberdade religiosa reflitam plenamente a opinião das igrejas e líderes religiosos marginalizados, ao invés de posições de funcionários e escritórios estatais”, acrescentou.

Comentários