Um carro-bomba explodiu do lado de fora de uma igreja caldéia no norte do Iraque, no bairro al-Shifaa, ferindo duas pessoas, segundo um bispo de Bagdá, Shlemon Wardo. A explosão é o 10º ataque contra igrejas em duas semanas.

Segundo relatos, um veículo desconhecido foi estacionado fora da igreja. A polícia já havia evacuado a área e esperava por uma equipe de peritos em desarmamento de bombas chegar quando o carro explodiu.

A explosão feriu um policial e uma mulher não identificada, além de danificar janelas e uma parede da igreja.

Na semana passada duas igrejas em Kirkuk, no norte de Bagdá, foram bombardeadas simultaneamente.As explosões aconteceram rapidamente antes das 17h (horário local), fora da Catedral de Kirkuk e da Igreja Ortodoxa Síria St. Ephrem.

Ninguém ficou ferido. “Aconteceu atrás da catedral onde nós damos nossa instrução cristã normalmente, mas foi em uma hora que não havia nenhuma atividade”, contou o responsável pela igreja.

Outros ataques

Estas explosões se seguiram a um bombardeio, dias atrás, aparentemente planejado, contra quatro igrejas e três conventos no dia 6 de janeiro, nas cidades de Bagdá e Mosul, nos quais seis pessoas ficaram feridas.

As explosões interromperam um período de relativa calma na qual a comunidade cristã do Iraque vinha passando, depois de um longo período de violência.

Após os bombardeios, o primeiro-ministro do Iraque saiu em defesa da minoria cristã do país. Nouri Al-Maliki prometeu procurar os autores dos ataques e disse que o governo dele estava profundamente preocupado com a segurança dos cristãos do país, segundo o site árabe de notícias Elaph.com, no dia 8 de janeiro.

Medo e tristeza

“Muitas pessoas foram mortas, muitos foram seqüestrados e nosso povo está triste e amedrontado”, disse o bispo Warduni. O clérigo falou da dificuldade de argumentar com terroristas e mostrar que “todas essas ações são contra Deus, porque são casas de oração.”

De acordo com estatísticas oficiais, os cristãos iraquianos representavam 3% da população antes da invasão dos EUA, em 2003. Desde então milhares de cristãos fugiram de suas casas para outros países.

Fonte: Portas Abertas

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