A procuradora geral de Justiça, Janete Ismael, reuniu representantes do Ministério Público Federal e das igrejas Católica e Evangélica, bem como da Federação Espírita, para integrá-los à Operação Resgate, cujo objetivo é retirar das ruas as crianças e adolescentes, proporcionando-lhes opções de educação, profissionalização e lazer.
Em uma reunião em que participou o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, o Pastor Estevam Fernandes, o presidente da Federação Espírita e procurador de Justiça José Raimundo de Lima, o procurador da República Fábio George e os curadores da Infância e Juventude, Soraya Escorel e Aderbaldo Soares, a procuradora Janete Ismael falou sobre a primeira fase da Operação Resgate que retirou das ruas de João Pessoa 300 crianças e adolescentes em situação de risco.
Ela explicou que a segunda fase da Operação Resgate deverá encontrar fórmulas para ocupar essas crianças e adolescentes com atividades de lazer, como teatro, dança, música, com cursos profissionalizantes e, por fim, a sua reintegração às salas de aula. Ao mesmo tempo, estes menores e seus familiares serão acompanhados por psicólogos e assistentes sociais de forma a proporcionar também a integração de todos ao projeto.
A proposta de parceria foi muito elogiada pelo Pastor Estevam, que se prontificou de imediato reestruturar a Casa Shalon, localizada no Bessa e pertencente a 1ª Igreja Batista, para, até dezembro, desenvolver um trabalho com pelo menos 50, das 300 crianças e adolescentes retirados das ruas.
“Sou pastor há 27 anos e esta é a primeira vez que sou convidado por uma instituição como o Ministério Público para participar de um projeto dessa magnitude. Eu vou ver a operacionalização de uma casa que nós temos no Bessa, chamar voluntários dentro da Igreja e até dezembro me comprometo de fazer uma trabalho com pelo menos 50 crianças, de preferência do sexo feminino. A curto prazo podermos atender já 10 dessas crianças que poderão contar com dormida, alimentação e trabalhos na área de educação”, afirmou Pastor Estevam Fernandes.
O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, também elogiou e acolheu a iniciativa do Ministério Público. Sugeriu envolver também o Exército na ação e ressaltou a necessidade de se ter um perfil das crianças e adolescentes retirados das ruas e de se fazer um planejamento de trabalho. O chefe da Igreja Católica na Paraíba lembrou que atualmente existe um trabalho desenvolvido pela Arquidiocese na Fazenda Esperança.
O procurador de Justiça José Raimundo de Lima disse que a Federação Espírita faz questão de participar da segunda fase da Operação Resgate. Contou, inclusive, algumas experiências desenvolvidas pela Federação que já emancipou mais de 250 crianças e adolescentes.
O procurador da República Fábio George disse que a proposta do Ministério Público é muito importante como trabalho social. Elogiou a iniciativa, afirmando ter certeza de que o Ministério Público Federal poderá encampar a parceria.
Ainda da reunião participaram o juiz Fabiano Moura de Moura e o curador do Patrimônio Público Ádrio Nobre Leite.
WSCOM Online / Paraíba