Grupo de delegados de 11 denominações cristãs da Argentina, do Paraguai e do Uruguai analisou, a convite do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), programas de saúde sexual e reprodutiva. O grupo recomendou às igrejas que promovam o acesso gratuito e confiável a todos os métodos e recursos legais de contracepção.

Promovido pela Pastoral das Mulheres e Justiça de Gênero e da Pastoral de Jovens, com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas, o encontro ocorreu em Colônia Valdense, dias 21 a 23 de novembro.

A saúde sexual e a saúde reprodutiva representam um estado geral de bem-estar físico, mental e social, e não uma mera ausência de enfermidades, em todos os aspectos relacionados à vida, diz a mensagem final do encontro, reconhecendo o direito das mulheres ao planejamento familiar.

Os delegados das 11 igrejas mencionaram “com dor e assombro” as estatísticas de morte de mulheres latino-americanas, em especial daquelas que vivem em situação de pobreza extrema, em decorrência de abortos realizados em condições inaceitáveis e que são conseqüência direta das políticas de restrição vigentes. “Cada número representa para nós uma vida de irmãs amadas por Deus e criadas à sua imagem. Essas mortes, que poderiam ter sido evitadas, ecoam como um grito que pede por justiça e solidariedade”, expressa a mensagem.

O grupo compromete-se a trabalhar “para que o estigma que afeta as mulheres que se submetem a um aborto ilegal seja eliminado, e assim possam ter acesso imediato aos serviços de saúde”.

O compromisso do Fórum de Gênero do Clai-Argentina, do Fórum de Gênero e luta contra a violência do Clai-Paraguai, do Fórum de Mulheres do Clai-Uruguai e da Pastoral de Juventude do Rio da Prata torna-se extensivo às suas comunidades de fé, para que “possam monitorar, junto a outras organizações, estas ações e acompanhar de forma integral a essas mulheres”.

A mensagem do encontro recomenda a criação de programas sustentáveis de educação sexual que propiciem uma vivência da sexualidade e procriação responsável; a difusão e o conhecimento dos direitos que todas as mulheres têm em relação ao acesso à informação, assistência e assessoramento dos diversos programas de saúde sexual e saúde reprodutiva.

Fonte: ALC

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