A comunidade judaica ortodoxa de Israel intensificou os esforços contra a marcha do orgulho gay convocada para o próximo dia 10 em Jerusalém (foto) e, enquanto nesta quita-feira houve protestos pelo terceiro dia consecutivo, uma organização religiosa apresentou uma denúncia contra a manifestação.

Ontem, pelo terceiro dia consecutivo, cerca de cem judeus praticantes fizeram uma manifestação contra a marcha do orgulho gay no bairro de Mea Shearim, em Jerusalém, habitado principalmente por famílias ultraortodoxas, e, como nas duas noites anteriores, o protesto acabou com os manifestantes jogando pedras e derrubando latas de lixo, informou a Polícia.

O protesto aconteceu horas depois de ser descoberta uma pichação na fachada de uma sinagoga de Tel Aviv, na qual desconhecidos advertiam os religiosos com estas palavras: “não poderão andar por Tel Aviv se nós não pudermos marchar por Jerusalém”.

A comunidade homossexual de Israel se concentra principalmente em Tel Aviv, uma cidade secular, moderna e mais aberta que Jerusalém, a cidade santa para as três grandes religiões monoteístas (judaica, cristã e muçulmana), e onde há uma grande comunidade religiosa ou praticante de cada uma delas.

A realização da manifestação ainda está à espera de uma decisão definitiva da Polícia. O ministro de Segurança Interna israelense, Avi Dichter, advertiu que a marcha poderia ser cancelada se, devido ao risco de distúrbios, for requerida a mobilização de forças de segurança necessárias para outras tarefas.

Este é mesmo o motivo pelo qual a marcha internacional do orgulho gay, que está pendente de acontecer em Jerusalém, foi cancelada várias vezes, a última vez devido à guerra do Líbano, em julho e agosto.

Fonte: EFE

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