Um juiz federal de Detroit emitiu na última quinta-feira uma permissão de estadia, impedindo a deportação de mais de 100 cristãos iraquianos de volta ao seu país de origem.

[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2017/06/24/4151932251-protesto-deportacao.jpg[/img]O juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Mark A. Goldsmith, respondeu a uma petição apresentada arquivada pela União Americana de Liberdades Civis (ACLU) a favor dos 114 imigrantes, solicitando que as ordens de deportação fossem suspensas até que ele decida se tem jurisdição para ouvir o caso.

O Departamento de Justiça disse que os detidos devem ir ao tribunal de imigração para tentar permanecer nos EUA e não ao Tribunal Distrital dos EUA. Mas a ACLU disse que eles poderiam ser deportados antes que um juiz de imigração considerasse seus pedidos para ficar nos Estados Unidos.

Goldsmith, que ouviu os argumentos na última quarta-feira (21), disse que precisa de mais tempo para considerar as questões jurídicas complexas do cso.

O potencial risco de morte que estes cristãos correm voltando ao seu país de origem “supera em muito qualquer interesse concebível que o governo possa ter na execução imediata das ordens de remoção, antes que este tribunal possa esclarecer se é competente para dar alívio aos peticionários quanto ao mérito de suas reivindicações”, disse Goldsmith.

A maioria dos 114 iraquianos são cristãos caldeus. A ACLU diz que teme que estes refugiados sofram com tortura ou até mesmo a morte no Iraque, que já concordou em aceitá-los de volta.

“O tribunal preferiu salvar vidas em vez de permitir que nossos clientes fossem imediatamente enviados de volta ao Iraque”, disse Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da ACLU, em um comunicado. “Eles precisam ter a chance de mostrar que suas vidas estão em perigo se forem forçados a retornar”.

Os imigrantes foram presos como parte de uma varredura feita por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) no início deste mês. Na época, o órgão disse que as prisões eram “consistentes com a rotina das Equipes de Operações contra Fugitivos, realizadas diariamente”.

O permissão dada por Goldsmith expira no dia 6 de julho. Além dos 114 presos na área de Detroit, 85 outros cidadãos iraquianos foram presos em outros lugares do país, de acordo com o ICE.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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