A Justiça do Rio de Janeiro adiou o julgamento da ex-deputada federal Flordelis pela sua ligação com o assassinado de seu ex-marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em 2019 em frente à casa da família, em Niterói.
O júri popular, que estava marcado para 9 de maio, foi transferido para o dia 6 de junho. Na decisão, a juíza Nearis Carvalho Arce, da Terceira Vara Criminal de Niterói, na Região Metropolitana, disse não haver tempo hábil para juntar ao processo todos os laudos solicitados pelas defesas.
Um desses laudos é a avaliação psicológica e psiquiátrica a que Flordelis foi submetida nesta quarta-feira (27). O procedimento foi autorizado pela Justiça, após pedido da defesa.
A filha de Flordelis, Marzy Teixeira da Silva, e a neta Rayane dos Santos Oliveira também passaram por avaliação.
Segundo as investigações, o crime teve participação de Flordelis, de parentes biológicos e de filhos adotivos da ex-parlamentar. Ao todo nove pessoas foram presas por suspeita de participação no crime. Flordelis irá a júri ao lado de sua filha biológica Simone Rodrigues, de sua neta Rayane Oliveira e de dois de seus filhos adotivos, André Oliveira e Marzy da Silva.
Outros réus no processo já foram condenados. Em 13 de abril foram condenados Adriano Rodrigues, filho biológico da ex-deputada, o ex-PM Marcos Siqueira, a sua esposa Andrea Mais e o filho adotivo de Flordelis Carlos da Silva.
Em novembro do ano passado, o Tribunal do Júri já havia condenado o filho biológico Flávio Rodrigues. Teria sido ele o autor dos disparos que mataram o pastor. Ele foi condenado 33 anos 2 meses de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado consumado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Na mesma sessão de julgamento, Lucas de Souza, filho adotivo de Flordelis, foi condenado por homicídio triplamente qualificado a nove anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ele foi acusado de ter sido o responsável por adquirir a arma usada no assassinato do pastor.
Flordelis foi eleita em 2018 pelo PSD no Rio. Ela teve seu mandato cassado pela Câmara em agosto do ano passado.
Folha Gospel com informações de Veja e Agência Brasil