A Justiça do Pará anulou o julgamento de dois dos acusados de envolvimento na morte da missionária Dorothy Stang, assassinada a tiros em uma estrada vicinal de Anapu em 2005. Em sessão na manhã desta terça-feira, a 1ª Câmara Criminal Isolada da Justiça do Pará também determinou a prisão preventiva de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, um dos supostos mandantes da morte da missionária.

Ele havia sido absolvido em julgamento ocorrido em maio do ano passado. Na sessão de ontem, os desembargadores também anularam o último julgamento que condenou Rayfran das Neves Sales a 28 anos de prisão, conhecido como Fogoió, acusado de matar a missionária norte-americana.

Segundo o TJ-PA (Tribunal de Justiça), o pedido de anulação dos julgamentos foi feito pelo Ministério Público que, entre outras alegações, contestou o vídeo apresentado pela defesa de Bida, em que Amair Feijoli da Cunha, o “Tato”, aparece inocentando o fazendeiro. Segundo o Ministério Público, o vídeo foi anexado aos autos de forma ilegal.

Já em relação ao julgamento de Fogoió, o Ministério Público pediu anulação em virtude dos jurados não terem aceitado como agravante da pena o fato de o acusado ter aceitado recompensa de R$ 50 mil pelo assassinato. Segundo o pedido, caso a recompensa fosse levada em consideração, a pena seria superior aos 28 anos.

O outro suspeito de mandar matar Dorothy, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, aguarda em liberdade ao seu julgamento, previsto para acontecer até o fim de junho.

Fonte: Folha Online

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