Vizinho do templo obteve liminar após alegar ser prejudicado por barulho. Local estava fechado desde dezembro; igreja será reaberta após acordo.
A proibição de cultos em uma igreja evangélica em Santa Branca, no interior de São Paulo, esteve no centro de uma polêmica envolvendo fiéis e um vizinho do templo. Ele conseguiu na Justiça uma liminar no último mês de dezembro para fechar o local após alegar que há sete anos é prejudicado pelo barulho dos cultos. Uma audiência sobre o caso aconteceu nesta segunda (24) no fórum e as partes chegaram a um acordo para que o local seja reaberto.
De acordo com o pastor Davi Pereira do Nascimento, líder do templo Evangelho Quadrangular, o vizinho ingressou com a ação contra a igreja sem motivo. “O barulho nem era tanto, basta observar que ele é o único vizinho que reclama. E isso começou desde quando comprei o terreno e comecei a construir a igreja. Mas pelo menos saí hoje da audiência satisfeito com o resultado, conseguimos conversar”, disse.
[img align=left width=300]http://s2.glbimg.com/iHCcIUghs0YfV-iSIPpaJgrGDX0=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/03/24/protesto_igreja_04.jpg[/img]Ele contou que uma medição feita pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) apontou que o ruído produzido durante os cultos alcança 48 decibéis, mas que a região é considerada zona mista pela lei de zoneamento, onde o ruído permitido é de até 60 decibéis. Mesmo assim, como a rua é residencial, a Justiça considerou o pedido do morador e concedeu a liminar que impedia os cultos até que adequações na acústica do local fossem feitas no espaço.
O acordo formalizado na audiência desta segunda prevê que a igreja faça novas adequações na acústica do templo e autoriza a reabertura do local. O pastor disse ao G1 que desde dezembro investiu R$ 40 mil em obras para adequação e que apenas a lage do corredor não foi contemplada.
O vizinho da igreja, autor da ação que fechou o templo evangélico, preferiu não comentar o assunto após a audiência no fórum.
[b]Opinião[/b]
Ex-frequentadora da igreja e moradora próxima ao local, a funcionária pública Valéria Cândido defende a reabertura do templo. “Quando eu frequentava a igreja, já havia a reclamação deste vizinho e foi feita uma pesquisa na vizinhança, inclusive onde a maioria é católico, e as pessoas não reclamavam. A igreja tem isolamento acústico”, defendeu.
Os cultos são realizados no local quatro vezes por semana – às terças, quintas, sábados e domingso, das 19h30 as 21h00. A média de público por culto é de 120 fiéis.
[b]Fonte: G1[/b]