Candidato à reeleição, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse nesta terça-feira (9) que não vai assinar projeto de lei apresentado por lideranças evangélicas contra o projeto de lei complementar que proíbe a homofobia no Brasil.

Kassab foi convidado para abrir a Expocristã, uma feira de artigos religiosos realizada na Zona Norte de São Paulo. Antes de o prefeito subir ao palco, lideranças religiosas atacaram o homossexualismo. O deputado estadual Waldir Agnelo (PTB) lançou abaixo-assinado contra o projeto de lei complementar 122, de 2006, que criminaliza a homofobia.

Kassab não mencionou o assunto ao subir ao palco. Ele cantou o hino nacional acompanhado dos organizadores do evento e depois pediu aos pastores que orem pela cidade de São Paulo e por seu prefeito.

Agnelo disse que não ofereceu, mas vai oferecer o manifesto para que Kassab assine, assim como a outros candidatos à Prefeitura de São Paulo. Antes de deixar o local, Kassab afirmou que não assinará o documento. “A minha posição é a favor da diversidade sexual e tenho em todos os momentos me manifestado como cidadão e como prefeito.”

Agnelo, cujo partido integra a base de apoio ao ex-governador Geraldo Alckmin, concorrente de Kassab na disputa pela prefeitura de São Paulo, disse que o lançamento do abaixo-assinado já estava programado. De acordo com ele, a realização dos discursos e o lançamento do abaixo-assinado durante a visita do candidato à reeleição não teve intenção de forçá-lo a apoiar a causa e sim, “mera coincidência.”

O PLC 122, de 2006, tramita no Senado. A redação propõe que seja considerado crime “proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero” e aplica pena de reclusão de dois a cinco anos ao infrator.

Fonte: G1

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