O deputado holandês de extrema direita, Geert Wilders, afirmou na semana passada que a religião muçulmana é “incompatível” com a democracia, e chamou de “bárbaro” o profeta Maomé, ao chegar a Londres para apresentar seu polêmico documentário contra o Islã, na Câmara dos Lordes britânica, em meio a protestos.

“O islamismo e a democracia são incompatíveis. Quanto mais islamismo tenhamos, mais liberdade perderemos e vale a pena lutar contra isto”, declarou o líder do Partido pela Liberdade (PPV) em entrevista à imprensa após a projeção de seu filme “Fitna”.

“Acho que já temos islamismo suficiente na Europa. O Islã é religião violenta”, acrescentou o deputado de 46 anos que, no estilo habitual desafiante e provocador qualificou Maomé de “bárbaro”.

A Grã-Bretanha havia negado a Wilders o visto de entrada em seu território em fevereiro de 2009, alegando que suas teses “extremistas” representam “uma ameaça para a segurança pública”, mas a proibição foi anulada em outubro, para o líder do Partido pela Liberdade.

“Fitna”, que compara o Islã ao Nazismo e o liga a ataques terroristas, foi considerado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, uma obra “ofensivamente anti-islâmica”.

A projeção concentrou um número reduzido mas não detalhado de pessoas, embora fora do Parlamento centenas de pessoas tenham se manifestado a favor ou contra a visita – os mais numerosos, com cartazes antifascistas nas quais podiam ser lidos os dizeres “os racistas não são bem-vindos”. Havia também “a Inglaterra precisa de um Geert”.

Como nas duas ocasiões anteriores, a visita do político populista holandês foi patrocinada pelo Lorde britânico Malcolm Pearson, do também direitista Partido para a Independência do Reino Unido (UKIP).

O PVV, que possui nove assentos na câmara holandesa, defende a proibição do Alcorão. Dispõe de 9 cadeiras no Parlamento holandês e conseguiu um importante avanço nas eleições municipais desta semana, a três meses de novas legislativas antecipadas.

Fundado em 2006, tem como plataforma “lutar contra a islamização da Holanda”.

Fonte: AFP

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