Uma encarregada de setor de 43 anos foi presa em flagrante por matar com 15 facadas o filho, um estudante de 19 anos. O crime aconteceu na tarde de terça (18) no apartamento onde moravam, na Avenida Jaguaré, no bairro do Jaguaré, zona Oeste de São Paulo.

Ela estava em crise psicótica e pertencia a comunidades religiosas não convencionais da Internet.

Segundo o boletim de ocorrência, vizinhos disseram que, desde o começo da tarde, a encarregada Maria Lúcia Rufino, 43, chamava todos para ‘orar’.

Ela falava sobre demônios e assuntos satânicos. Segundo vizinhos, em determinado momento, ela pisoteou um exemplar da Bíblia Sagrada. Devido ao estado da mulher, eles chamaram uma ambulância do SAMU, que não compareceu no local.

Logo em seguida, os vizinhos tentaram acalmá-la. A mulher, aparentemente em transe, dizia que o filho, o estudante Leonardo Macedo Gadducci, 19, tinha que ser morto por um ‘bem maior’. Assustados, eles chamaram a polícia. Quando os PMs chegaram no local a porta do apartamento estava trancada.

Os policiais tocaram a campainha, interfonaram e bateram na porta sem sucesso. Passados trinta minutos um grito veio do local. A porta do apartamento foi arrombada. A mulher estava com o filho no colo e esfaqueava a vítima. Ele foi golpeado, pelo menos 15 vezes no pescoço e tórax. Seis policiais foram necessários para segurar a encarregada.

O estudante foi socorrido para o Hospital Universitário da USP, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. Outros dois filhos da mulher estavam escondidos em outro cômodo. Em diligências no local, a delegada plantonista localizou três computadores de Maria Lúcia.

Averiguando o material apreendido, a delegada descobriu que a encarregada fazia parte de sites religiosos não convencionais que adotam o sacrifício. Ela acessava as páginas da internet e mantinha contato com outras pessoas com os mesmos interesses pelo site de relacionamento ‘Orkut’.

No apartamento, duas facas foram encontradas e apreendidas para perícia. A encarregada também foi hospitalizada no Pronto Socorro do Hospital da Lapa onde, até a elaboração do boletim de ocorrência, permanecia em observação e sedada para avaliação psiquiátrica. Ela está sob escolta policial e, assim que tiver alta, será presa pelo crime.

Fonte: G1

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