Nas áreas indígenas do México, a intolerância religiosa tem sido uma realidade há quase 50 anos. Como resultado, mais de 30 mil evangélicos foram forçados a deixar suas casas, para evitar conflitos com a comunidade.
De acordo com um relatório especial da Comissão Nacional de Direitos Humanos do México (CNDH), de 1974 a 2016, foram documentados mais de 30.500 casos de deslocamentos internos em Chiapas, gerados pela intolerância religiosa.
Chiapas é um estado no sul do México, que faz fronteira com a Guatemala. Ali, mais de 30.000 indígenas tsotsil (um povo maia das Terras Altas de Chiapas) foram expulsos do município de San Juan Chamula, por “abraçar outras religiões que não fossem a católica tradicionalista”.
O Relatório Especial sobre Deslocamentos Forçados Internos foi publicado para marcar o Dia Internacional de Comemoração das Vítimas de Atos de Violência Motivados por Religião ou Crença, em 22 de agosto.
De acordo com o censo populacional de 2020 do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), Chiapas é o estado mexicano que registra o maior número de pessoas que se consideram protestantes ou evangélicas, bem como o estado com menos pessoas que se consideram católicas.
O censo do INEGI detalha que Chiapas tem mais de 5,5 milhões de habitantes, dos quais 3 milhões são considerados católicos e 2 milhões são protestantes ou evangélicos.
A Coordenação de Organizações Cristãs do México explica que, em Chiapas, seis em cada dez famílias saem de suas casas para evitar agressões por conflitos religiosos.
Um dos casos mais recentes registrados foi em julho, no município de San Andrés Larráinzar, onde duas famílias foram desapropriadas e exiladas por não cooperarem na celebração de uma festa da Igreja Católica.
De acordo com o site Aquínoticias, o atual governo implementou a Lei de Prevenção e Atenção ao Deslocamento Interno no Estado de Chiapas, a fim de diminuir o movimento de expulsão de famílias evangélicas.
Fonte: Guia-me
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