Em Asmara, capital da Eritreia, um pastor da Igreja Kale Hiwot foi detido no final de janeiro. O pastor, que foi mencionado como Mekonen no relatório policial, foi levado para a delegacia da capital, mas ainda não há informações sobre o motivo da prisão.
Parceiros locais da Portas Abertas estão trabalhando para descobrir informações sobre a família e idade do pastor e para entender a motivação para a prisão do líder cristão.
Na Eritreia, é comum as autoridades prenderem todos os suspeitos de envolvimento em reuniões cristãs ilegais, sem permitir o benefício que assegura todos os direitos do acusado e as garantias constitucionais. Há mais de mil cristãos presos na Eritreia sem nenhuma acusação formal.
Há 20 anos, o governo da Eritreia reconheceu apenas quatro religiões no país: o islã e as igrejas ortodoxa, católica e luterana. Os que não fazem parte desses grupos estão em risco de perseguição severa nas mãos do Estado.
O governo proibiu todas as igrejas que não haviam solicitado registro em 1997, e aquelas que se candidataram depois nunca receberam resposta as suas solicitações. Desde então, milhares de cristãos suspeitos de praticar a fé fora desses regulamentos instituídos pelas autoridades do país foram presos.
Os seguidores de Jesus que são levados para a prisão muitas vezes passam meses e anos em condições horríveis. Os membros da família muitas vezes não têm acesso aos seus entes queridos presos, ou muitas vezes nem sabem onde estão sendo mantidos.
Na Eritreia, embora qualquer pessoa que for descoberta frequentando uma igreja doméstica secreta provavelmente seja presa, os homens cristãos são mais propensos a espancamentos, trabalho forçado e até mesmo morte. O país ocupa a 6ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022, que aponta onde é mais difícil viver como cristão.
Fonte: Portas Abertas