Mesmo com o fim de seu tempo na liderança da comissão, a saída de Marco Feliciano da presidência da CDH pode não agradar totalmente seus algozes, visto que o deputado deve continuar integrando a comissão.

O deputado federal pastor Marco Feliciano foi eleito em março de 2013 como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Líderes do governo, incluindo o ex-presidente da comissão, Domingos Dutra, abandonaram o colegiado para tentar impedir a votação. O PT e alguns parlamentares da base do Governo retiraram-se da sessão. Mesmo assim foram 11 votos a favor e 1 voto nulo.

Quase um ano depois, Feliciano acumulou polêmicas e críticas, foi perseguido, vaiado e enfrentou muitas manifestações contrárias tanto em Brasília quanto em igrejas por onde esteve pregando.

No final deste mês, quando acabar o recesso parlamentar, haverá a eleição anual para presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Marco Feliciano já sabe que não será reeleito: “Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Espero que o PT dê mais valor agora à essa comissão, que eles abandonaram”.

Mesmo assim, fez um balanço positivo de sua atuação: “Apostaram que eu renunciaria, o que não fiz. Fui alvo do ódio e da intolerância, fui atacado na minha igreja e dentro de um avião. Recebi vários processos. Comecei o ano como o inimigo público número um. E termino como um dos cem brasileiros mais influentes segundo uma revista de circulação nacional”.

O deputado já disse que não sabe se haverá comissão para o seu partido, o PSC, por causa do rompimento com o governo Dilma. Feliciano avisou: “Essa comissão agora vai ser disputada. Colocamos os direitos humanos na pauta das pessoas. O Brasil viu isso”.

Embora o mais provável é que o PT, que dominou a comissão durante anos, a entregue ao deputado Domingos Dutra (PT-MA), ainda não há nada decidido. Membros da bancada evangélica devem pressionar seus partidos para receberam indicações e compor a comissão. Os deputados evangélicos acreditam que estar na comissão pode ser um boa estratégia para defenderem seus pontos de vista e também conquistarem votos nas próximas eleições. Um dos nomes mais fortes para assumir o posto com o apoio dos religiosos é o do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), amigo de Feliciano.

Mas engana-se quem pensa que a saída de Marco Feliciano da presidência significa que ele está fora da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Segundo a coluna Radar Online da revista Veja, o pastor tem o compromisso do seu partido que continuará sendo integrante da CDH em 2014. Além disso, deverá integrar a Comissão de Seguridade Social e a prestigiada Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O que deve ser garantia de mais críticas ao deputado, pois projetos importantes como a PL 122 tramitaram pela CCJ.

[b]Fonte: Gospel Prime e Gospel +[/b]

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