Uma menina nigeriana de 17 anos escapou após ser sequestrada e forçada a se converter ao islamismo. No Irã, uma menina de dois anos foi levada dos pais adotivos porque eles se converteram ao cristianismo. Esses são alguns exemplos de situações vividas por meninas cristãs em países onde há perseguição religiosa.
Enquanto as circunstâncias variam de acordo com o país, “a perseguição religiosa e a discriminação tornam crianças e jovens um alvo por meio da manipulação de suas escolhas, a curto e longo prazo. Isso influencia diretamente na formação de sua identidade e nas situações da vida adulta”, afirma o relatório de Perseguição Religiosa Específica para Crianças e Jovens 2021, da Portas Abertas.
Pesquisadores analisaram a liberdade religiosa de crianças e jovens abaixo de 18 anos nos 50 países onde é mais difícil viver como um cristão, de acordo com a Lista Mundial da Perseguição. O resultado mostra que não importa quão jovens sejam, meninos e meninas enfrentam diferentes pontos de pressão, sendo que os números são maiores para as meninas.
Maior pressão sobre meninas cristãs
Enquanto a principal ameaça para os meninos é o recrutamento para milícias, as meninas cristãs que vivem em países do Top50 correm risco principalmente de casamento forçado (em 66% dos países) e violência sexual (58%).
“Pontos de pressão relacionados, como sequestro e tráfico, também contribuem para um padrão que torna meninas um alvo, devido a sua pureza sexual e possibilidade de casamento”, explicam os pesquisadores.
Em zonas de conflito, os riscos aumentam ainda mais. No Nordeste da Nigéria, por exemplo, o grupo militante islâmico Boko Haram sequestra meninas de escolas, sendo os casos mais famosos o das meninas do Chibok e o da adolescente Leah Sharibu, sempre com objetivo de casá-las com seus combatentes.
Muitas crianças também são perseguidas por amor a Jesus na Ásia Central. Na região, durante o período de Natal e Ano Novo, são realizados eventos com apresentações a fim de transmitir a mensagem do evangelho. Neles, as crianças recebem presentes e as famílias mais pobres, cestas básicas. Sua doação permite que crianças recebam esperança por meio de presentes de Natal.
Fonte: Portas Abertas