O cardeal d. Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, um dos principais órgãos da Cúria Romana, afirmou esta semana que os problemas de desvios e abusos na conduta moral-sexual, especialmente , o mais grave deles, o da pedofilia, são superdimensionados pela mídia, pois atingem uma parcela mínima de padres, que são 406 mil no mundo e 18 mil no Brasil.

“Provavelmente não chegam a 1% os envolvidos”, disse aos participantes do 12º Encontro Nacional de Presbíteros, no Mosteiro de Itaici, município de Indaiatuba (SP).

Após fazer uma exposição sobre a situação do clero na Igreja, d. Cláudio respondeu a dezenas de perguntas dos padres sobre os desafios de seu trabalho. “O celibato não deve ser vivido como mera imposição, mas na fé, como um dom de Deus que acolhemos num gesto de resposta de amor”, aconselhou o cardeal, deixando claro que a Igreja não pretende permitir o casamento dos sacerdotes.

As regras não deverão mudar também para os padres que se casaram e manifestam o desejo de reassumir funções pastorais. “A Igreja não tem a intenção de reintegrar aqueles que se casaram”, informou. Também em relação a fiéis em segunda união – que se casam após se separarem da mulher ou do marido – a Igreja não abre exceções. D. Cláudio aconselhou os padres a acolher bem os casais que se encontram nessa situação, “embora não possam se confessar nem comungar”.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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