Jair Bolsonaro e Magno Malta
Jair Bolsonaro e Magno Malta

De volta ao Senado depois de alguns dias em uma espécie de retiro, o senador Magno Malta (PR) diz que não guarda mágoa do presidente eleito,Jair Bolsonaro (PSL), por não ter sido escolhido ministro de seu futuro governo.

“Minha vida não depende de Bolsonaro. Depende de Deus. Eu continuo orando para que Deus dê a ele a chance de fazer um país diferente”, disse, ao jornal O GLOBO, na manhã desta quarta-feira.

Atuante na campanha do presidente eleito, Magno Malta perdeu a reeleição ao Senado no Espírito Santo. Aliados dele atribuem a derrota à dedicação dele à campanha de Bolsonaro.

Malta diz que nunca houve promessa de cargos e que entende a situação de Bolsonaro:

“Nós tínhamos uma missão. E a missão foi cumprida. Ela se encerrou dia 28 (de outubro, data do segundo turno). Cumprimos juntos uma missão de livrar o país desse viés ideológico. Sempre acreditei que o homem era ele. Briguei e lutei. É um sujeito honrado, de caráter, continua sendo meu amigo. E eu estava ali em oração. Ele não tem obrigação de me dar ministério ou emprego. Expectativa (de ser ministro) é uma coisa. Mas esse país tem 208 milhões de habitantes. Posso entender o fardo que ele está vivendo agora, sentado ali, enfrentando a velha política, tentando estabelecer um novo modelo, com críticas aqui e ali”.

Sem cargo público, Malta pretende fazer palestras sobre suas causas e se dedicar à carreira de cantor gospel. Ele também quer “curtir” a família, em especial duas netas.

“Vou viajar o país inteiro. Fazer palestra. Tenho uma luta contra abuso de criança, pedofilia, minha marca está aí. Vou continuar fazendo palestra, cantando. Tenho 41 anos de carreira. Tenho 28 CDs gravados. Vivi sempre da minha música”, comentou.

Ele diz que, se Bolsonaro ligar em busca de oração, estará de prontidão. Sobre ocupar outro cargo no governo, sem ser o de ministro, diz que está “deixando fluir”.

Malta diz que, hoje, não disputaria novamente eleições:

“Só se houver determinação do alto, de Deus. É só o que creio. Tem gente que acredita em Nietzsche, Che Guevara, Mariguella. Quando a gente fala de Deus, nego se encolhe. Mas a minha vida está nas mãos de Deus. Mas no meu coração, hoje, se dependesse de mim, não participo mais (de eleições)”.

Fonte: O Globo

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