A ministra japonesa de Justiça, Keiko Chiba, pediu aos júris populares que estudem “muito seriamente” os casos antes de sentenciar à pena de morte, assinala em entrevista que publica hoje o diário “Japan Times”.

Chiba, que se opõe pessoalmente à pena de morte, reconheceu que “uma das tarefas do ministro da Justiça é autorizar as execuções”, uma questão que, assegurou, manejará “com prudência”.

Japão é, junto com os EUA, o único país desenvolvido que mantém a pena de morte, que se aplica por enforcamento e sem avisar ao condenado nem a seus familiares de em que momento se executará.

Chiba, uma advogada pró direitos humanos que jurou seu cargo há apenas três semanas, pertence à Liga Parlamentar contra a Pena de Muerte, embora dissesse ao diário que abandonará esse grupo para concentrar-se em seu trabalho à frente do Ministério da Justiça.

A ministra, que é a favor de “um amplo debate público” sobre a pena de morte, também se referiu ao sistema dos júris populares, instaurado no Japão em maio passado, e mostrou sua esperança que os cidadãos chamados a cumprir esse trabalho “entendam a seriedade de apoiar uma condenação a morte”.

Em 2008 foram executados quinze presos no Japão e neste ano foram enforcados outros sete prisioneiros.

Fonte: EFE

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