O bispo auxiliar de Tegucigalpa, Juan José Pineda, propôs ao presidente de fato hondurenho, Roberto Micheletti, e ao governante deposto do país, Manuel Zelaya, a implantação de uma mesa de diálogo para resolver a crise causada pelo golpe de Estado de 28 de junho.

Pineda fez a proposta, que chamou de Acordo de Tegucigalpa, em um noticiário da televisão local.

Segundo o bispo, a mesa de diálogo teria um mediador internacional, que para ele poderia ser o vice-presidente e ministro das Relações Exteriores do Panamá, Juan Carlos Varela.

Pineda explicou que a mesa seria formada por 12 pessoas: três representantes de Micheletti e três de Zelaya, assim como três do movimento popular que exige sua restituição no poder e outros três da União Cívica Democrática (UCD), que reúne organizações empresariais, religiosas e da sociedade civil.

O bispo se reuniu em diversas ocasiões com Micheletti e Zelaya, que continua abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, mas não disse quais os assuntos discutidos alegando um “pacto de confidencialidade” feito com o presidente de fato e o governante deposto.

Pineda comentou que sua iniciativa almeja a concretização da vontade de diálogo que as partes expressaram.

“Ainda não os vimos agir, ainda têm temor de se expor”, e por isso devem buscar “um ponto de encontro” para alcançar “uma proposta hondurenha, um acordo hondurenho”, argumentou o bispo.

Fonte: EFE

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