Sun Myung Moon, o Reverendo Moon e sua esposa, Hak Ja Han Moon
Sun Myung Moon, o Reverendo Moon e sua esposa, Hak Ja Han Moon

Sun Myung Moon nasceu em 1920 em uma cidade que hoje está na Coréia do Norte. Segundo ele, aos 16 anos Jesus Cristo o chamou para completar a sua obra inacabada.

Sun Myung Moon, o milionário sul-coreano que fundou a “Igreja da Unificação”, morreu na Coreia do Sul aos 92 anos, anunciou a agência sul-coreana Yonhap.

Moon tinha sido hospitalizado no mês passado depois de sofrer complicações em decorrência de uma pneumonia.

A seita havia informado na sexta-feira (31) que a doença do milionário era “irreversível”, com uma disfunção crítica dos órgãos vitais. O reverendo Moon tinha sido transferido na semana passada do hospital St Mary de Seul para um centro médico pertencente à seita, no leste da capital coreana.

O vice-presidente da Igreja da Unificação, Joon Ho Seuk, afirmou que, apesar do estado de saúde ter parecido melhorar em um momento, nos últimos dias os médicos afirmaram que “sua condição entrou em um estado irreversível”.

Ele teve uma vida pública ativa até recentemente. Em março ele realizou um casamento coletivo para 2,5 mil pessoas e liderou um serviço religioso para mais de 15 mil pessoas em julho.

O reverendo Moon já havia deixado o comando diário da operações da igreja, que tem a sua sede em Seul, para um de seus filhos, e a gerência do Tongil Group, com atividades nas áreas de construção, resorts, agências de viagens e um jornal, para um outro filho.

[b]Histórico[/b]

Moon nasceu em 1920 em uma cidade que hoje é está na Coréia do Norte. Segundo ele, aos 16 anos Jesus Cristo o chamou para completar a sua obra inacabada. A “Igreja da Unificação” foi fundada em 1954, depois de ele sobreviver a Guerra da Coréia. Ele pregou novas interpretações dos ensinamentos da Bíblia e hoje sua igreja é uma das maiores do mundo.

O movimento, conhecido por suas cerimônias de casamento que reúnem milhares de casais, afirma que evangeliza em cerca de 200 países e reivindica três milhões de adeptos.

Os casamentos em massa, que ganharam fama nas décadas de 70 e 80, reúnem geralmente pessoas de diferentes países que não se conhecem. Era Moon que os unia por fotos e perfis parecidos, em uma tentativa de construir um mundo multicultural religiosa.

A igreja foi acusado de usar táticas de recrutamento tortuosos e enganar aqueles que buscavam dinheiro ao fazer uma “lavagem cerebral”. A igreja respondeu dizendo que muitos outros movimentos religiosos enfrentaram acusações semelhantes em seus estágios iniciais.

Nos últimos anos, a igreja adotou um perfil mais focado na construção de um império de negócios que incluía o jornal Washington Times, o New Yorker Hotel, em Manhattan, Nova York, a Universidade Bridgeport, em Connecticut, bem como um hotel e uma montadora incipiente na Coréia do Norte. Moon adquiriu ainda uma estação de esqui, um time de futebol profissional e outros negócios na Coréia do Sul, e uma empresa de distribuição de frutos do mar que fornece sushi para restaurantes japoneses em todos os EUA.

[b]Fonte: UOL[/b]

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